Parece que quanto mais populosa mais uma cidade emite barulhos desagradáveis, as pequenas e médias cidades também não estão livres de certos incômodos desse tipo. Se as grandes cidades comerciais e industriais são essas atividades que produzem boa parte dos ruídos nas pequenas cidades festas a altas horas, eventos e carros de som não raro torna-se um problema, enquanto as cidades médias podem ter indústrias e certos setores produzindo excessivos ruídos.
Cidades como São Paulo já dispõem de áreas desvalorizadas devido a grande quantidade de sons desagradáveis emitidos. A percepção do que é um ruído, som ou poluição sonora pode variar de pessoa para pessoa, um som alto num carro de um jovem que trafega devagar por um via pode ser um grande incômodo para um casal que assiste a tevê. Todo ruído acima de 76 dB é prejudicial.
Os ruídos incomodam desde a antiguidade, vejamos alguns casos.
Em Roma havia uma imensa agitação que produzia uma verdadeira gritaria pelas ruas, vendedores eram um dos grandes responsáveis, o barulho das carruagens entravam noite a dentro visto que era a hora onde elas podiam circular livremente.
Nas cidades medievais os sinos eram quase ensurdecedores, para piorar o vai-e-vem agitado das pessoas embalados por gritos deixam-nas com altos nível de ruídos, mais uma vez nessas cidades, vendedores estavam presentes vendendo seus produtos em plena rua e anunciando-os em alto e bom tom para que todos ouvissem.
Em Londres era muito comum os lojistas disporem de uma pessoa que ficava na frente de suas lojas anunciando os produtos em pleno pulmões, fora às lojas havia uma verdadeira procissão de mascates que iam até os subúrbios da cidade. Tuan relata que em 1761 a capital do Reino Unido tinha mil carruagens de aluguel com suas rodas de ferro rangendo nas pedras das ruas.
Todo esse ruído veio aumentando como o tempo, foi como o surgimento do automóvel com seus motores barulhentos, locomotivas que cortam cidades e grandes indústrias que tudo complicou ainda mais.
Atualmente são eleitos como grandes vilões produtores de ruídos os automóveis e a construção civil, não raro moradores acionam os órgão públicos para denunciar excessos.
Referências:
TUAN, Yi-Fu. Paisagens do medo. [trad. Lívia de Oliveira] São Paulo: Editora da Unesp, 2003.
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