As cidades são partes integrantes da história da humanidade, elas estão presente a pelo menos 7.000 anos A.P. e sempre ocuparam lugar de destaque. Desde as primeiras cidades-estados da antiguidade surgidas às margens ou próximas a grandes rios até as grandes cidades de hoje elas influenciam o comércio, a cultura e, de certa forma, acabam subordinando o campo a elas.
Estima-se, apesar dos números imprecisos e divergências das fontes, que as cidades ocupam em torno de 2% (Convensão sobre o Diversidade Biológica/ Worldwatch apud Triângulo Mineiro.com) da superfície do planeta e são responsáveis por grande impacto ambiental.
Não dá para se imaginar uma atividade que não tenha uma correspondência com o urbano (excetuando algumas tribos), sejam pequenos povoados rurais, sejam grandes centros elas estão presentes no cotidiano do mundo moderno.
Antes da revolução industrial a taxa de urbanização não passava de 3%, em 1975, chegou a 37,9 %, em 2001 atingiu patamares de 47,7 % e estima-se que em 2015, 53,7 da população esteja vivendo nas áreas urbanas.
Aspecto do centro de São José do Rio Preto-SP.Foto: Alexandre de Freitas. As cidades além das funções práticas e objetivas têm toda uma extensão subjetiva, já discutimos aqui em outra oportunidade em: "A melhor cidade - a questão da subjetividade urgana" para Yi-Fu Tuan a primeira e principal função da cidade foi como símbolo vivo da ordem cósmica, que se refletia no padrão geométrico onde suas muralhas eram orientadas pelos pontos cardeais. (TUAN,2003). A cidade pode despertar admiração, modernidade, violência e medo. Podemos nos apegar a elas ou simplesmente detestá-las. Francisco Capuano Scarlato In: Ross, 1998, no livro Geografia do Brasil, considera que a cidade pode ser parte integrante da história da humanidade um "arquivo de pedra" sempre presente nas obra de grande filósofos.
Podem, a grosso modo, ser comparadas com organismos que são impulsionados por fatores e fenômenos que as fazem surgir, se desenvolver e morrer. Mohenjo Daro deu grande exemplo de sistemas urbanos na antiguidade e hoje não existe mais. Roma, depois de seu ápice na antiguidade quase morreu, dos seus mais de um milhão de habitantes chegou a ter população em torno de 1.000 habitantes por vários períodos após o século VI, e só veio atingir a marca de um milhão de habitantes por volta de 1931.
Outras cidades podem se sobrepor em termos de culturas e de tempos distintos, como é o caso de Tenochtitlán sobreposta pela atual cidade do México. Macho Pichu, a misteriosa cidades dos Incas, tornou patrimônio da humanidade e desperta a atenção de milhares de turistas. Tóquio, com seus mais de 35 milhões de habitantes, possui mais gente que muitos países. Borá, a menor cidade do Brasil, tem em torno de 800 habitantes.
São esses fatores, dados, informações e histórias que fazem do estudo da cidade algo empolgante e interessante.
Referências:
TUAN, Yi-Fu. Paisagens do medo. [trad. Lívia de Oliveira] São Paulo: Editora da Unesp, 2003.
ROSS, Jurandyr L. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: geografia, ensino fundamental.7ª série, 4º bim. Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini equipe, Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo, Sérgio Adas. São Paulo: SEE, 2008.
MOREIRA, João Carlo; SENE, Eustáquio de. Geografia. São Paulo: Scipione, 2005.
Recomendações de leituras:
As maiores capitais do mundo.
As 10 menores cidades do estado de São Paulo.
As 10 maiores cidades europeias no final da Idade Média.
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