A cidade durante o período conhecido como Idade Média (século V ao século XV) passou por uma certa estagnação. O modelo de produção feudal não dava as condições necessárias para que as cidades se desenvolvessem, pois não havia um poder político que se centralizava nas cidades. Esse poder estava nas mãos do senhor feudal, com uma base econômica essencialmente agrícola facilitando o assentamento das pessoas nos feudos.
A ocupação árabe no Mediterrâneo também colaborou para o fim da atividade comercial entre a Europa e o restante das terras conhecidas.
A cidade na Idade Média cidades se caracterizava principalmente de duas formas. Os burgos, que eram pontos fortificados com muralhas, contruídas para servir de abrigo e refúgio para servos e as cidades episcopais que eram centros administrativos e eclesiásticos, mas na realidade com função quase nula. Não se comparava ao poder politico que tinham na antiguidade.
Para Munford (apud SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão, 2001. p.28.) tinham a tendência de serem arredondadas e limitadas psicologicamente através das muralhas, as ruas principais se dirigiam para a área central mas nem sempre chegam até ele. No centro ficava as praças que eram usadas como mercados abertos, havia construções religiosas e públicas e os caminhos por demais tortuosos.
Essa situação começa a mudar com o fim do bloqueio do Mediterrâneo e o consequente renascimento do comércio. Interessante é que o isolamento da cidade, a princípio, fez com que os comerciantes tentassem permanecer em seus interiores para proteger suas mercadorias. Essa foi uma das características que fez com que as cidades reassumissem a posição de destaque após a Idade Média.
Para Benevolo (apud SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão, 2001. p.32) não existe nenhuma supercidade na Idade Média, elas se reduziam em mais ou menos uma dúzia entre os séculos XIII e XIV, possuindo população em torno de 50.000 a 150.000 habitantes.
Vejamos as 10 maiores cidade desse período.
1ª Paris - 250.000 hab.;
2ª Veneza - 190.000 hab.;
3ª Florença - 90.000 hab.;
4ª Brugues - 80.000 hab.;
5ª Madri - 53.000 hab.;
6ª Bolonha - 50.000 hab.;
7ª Nápoles - 40.000 hab.;
8ª Roma - 40.000 hab. ;
9ª Bruxelas - 40.000 hab.;
10ª Stransburg - 25.000 hab.
Notem que colocamos em ordem aleatória da sétimo ao nono lugar visto que todas possuiam 40 mil habitantes. Caso que se repetiria entre Strasburg e Louvain ambas com 25 mil pessoas. Bem próxima a essas duas teríamos Nurember com 20 mil habitantes.
Outra características interessante é o fato dessas cidades formarem um corredor (exceção feita a Madri) entre a Itália e o Canal da Mancha. Rota comercial que deu início ao renascimento do comércio na Europa.
Bibliografia
SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Capitalismo e Urbanizazação. 11ed. São Paulo: Contexto, 2001.
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Um comentário:
Ótimo post, eu estava com essa dúvida das maiores cidades desta época.
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