Na antiguidade se desenvolveram cidades dignas de nota, foi um período onde importantes cidades dominavam grande áreas do planeta. O mundo urbano veio se projetar com ênfase semelhante somente após a Revolução Industrial.
Roma Antiga.
Babilônia. Talvez a cidade mais famosa de toda antiguidade, cidade de Nabucodonozor, de Hamurabi, da Bíblia, do Deus Marduc, dos seus jardins suspensos, de sua famosa porta de entrada, entre tantos outros aspectos conhecidos . Projetou-se como uma grande metrópole por volta do século XVII a.C. A qual se tornou capital econômica e cultural da por aproximadamente 1.400, com alguns períodos de interrupções.
A grande metrópole sobreviveu a muitos ataques trágicos e horrores. Hititas, assírios, dentre outros povos de cidades próximas que rivalizavam com ela. E a cada vez a metrópole parecia ressurgir com mais vigor, a ponto de em 604 a 562 a.C. “Nabucodonozor e este, num imprulso tremendo, numa fúria de construir nunca vista, fez da Babilônia uma metrópole, como mal ainda terá existido outra igual, com exceção de Roma e talvez Nova Iorque “ (SCHNEIDER, P.53).
A demonstração de soberania da cidade pode ser constatada com a construção da lendária Torre de Babel que se destacava no meio de grandes muralhas que segundo algumas fontes possuíam 25 metros de largura por 100 de altura (dimensões pouco provável) já outros como um viajante da Grécia afirmava que a cidades configurava-se num retângulo cercado de muros de 22 Km de comprimento nas laterais perfazendo uma área de 484 Km², Heródoto falava em 17,3 Km de cada lado o que a deixaria com 300 Km². (apud, SCHEIDER, p.55).
De todo modo, por todas as fontes e referências a ela, tratava-se, com certeza da maior cidade da antiguidade, sendo ofuscada tempos depois por Roma.
A pequena torre, óleo sobre painel, Peter Bruegel, o Velho, 1563, Museu Boijmans van Beunngen, Roterdã © MUSEUM BOIJMANS VAN BEUNINGEN, ROTTERDAM. Fonte: História Viva.
Susa. Capital da antiga Elam e da Pérsia sobreviveu por 5.400 anos.
Situava-se numa importante região produtora de seda, açúcar e laranjas. Entre quatro colinas em meio a uma baixada com muita fertilidade, seu ápice ocorreu por volta do século XIV a.C. Dela hoje restam apenas ruínas, nas suas proximidade desenvolveu uma cidade chamada Schusch.
Nínive. Por volta de 669 a.C. na Assíria, a cidade começou a se desenvolver e provavelmente não chegou a ter o brilhantismo que suas pretéritas rivais como Babilônia e Uruk. Mas uma cidade com uma tradição guerreira histórica, saqueando e guerreando com muitas cidades da Mesopotâmia, empregava a riqueza conquistada com guerras em grande luxo que se destacava em comparação com outras.
A destruição provocada por Nínive pode ser comparada apenas com com as invasões dos mongóis. A projeção da “cidade assassina” durou cerca de 80 anos, com a morte de Assurbanipal em 633 a.C. os medas sob comando de Ciaxares II. Nínive teve um fim semelhante aquele que ela proporcionou a outras cidades.
Mênfis. Cidade que ficava a 20 Km do atual Cairo no vale do Nilo, Egito. Um outro foco de grandes cidades da antiguidade. Foi edificada por volta de 2.850 a.C. pelo rei Menes. “Era ideal a posição na pontinha meridional do delta do Nilo, no ponto chave do Egito e na sua parte mais fértil.” (SCHNEIDER, p.37), Mênfis foi capital de todo Egito durante o reino antigo e médio (2.600 – 1.700 a.C.),mas foi no ano de 671 a.C. , que o rei Assaradão da Assíria invadiu a cidade e roubou todo seu tesouro levando-os para Nínive. Em 300 a.C. a grande cidade egípcia decaiu por completo quando então Alexandria começou a se despontar como uma grande metrópole. A cidade que durante mil anos foi dominada por grandes faraós que nos deixaram monumentos que impressionam, como as grandes pirâmides, reflete ó passado do que outrora fora nessas grandes e misteriosas construções.
Tebas. Também no vale do Nilo, na parte meridional, na margem direita do grande rio. Sua importância atingiu o apogeu por volta de 2000 a.C., foi capital do Egito numa época em que ele era uma potência mundial. “Além do grandioso traçado da cidade, compreendendo tanques de peixes, extensos prados e depósitos de víveres, o que deu a Tebas fama universal foram as duas cidades dos templos em sua periferia, Carnaque e Luxor.” (SCHNEIDER,p.39)
Roma. A maior de todas as cidades que já existiu na antiguidade, não no sentido de população apenas, apesar de chegar a possuir um milhão de habitantes, números alcançado somente muitos séculos depois, mais por se tratar de mais dominadora cidade de todos os tempos.
Responsável por espalhar sua cultura e sua ciência por vastas regiões do mundo, de forma a ter reflexos até nos nossos dias. Apesar da famosa lenda da loba que criou os fundadores Rômulo e Remo, as fontes histórica nos indicam que:
“Naturalmente Roma foi fundada em 21 de abril de 753 a.C, com o sábio romano Varo determinou um tanto arbitrariamente no século I a.C. Segundo nossos atuais conhecimento, os fatos se sucederam mais ou menos assim:
No século X uma aldeia surgiu no Palatino, na região central italiano do Lácio. A esta, se seguiu, 200 anos mais tarde, outro povoado na vizinha colina do Quirinal. No século VI as aldeias fundiram-se, formando a cidadezinha Roma à qual aos poucos foram se unindo cinco outras pequenas comunidades.” (SCHNEIDER, p.116)
As primeira guerras foram travadas com os gregos conquistando grande parte da península itálica, depois as guerras púnicas colaborando para que a grande metrópole dominasse praticamente todo mediterrâneo.
Uma cidade com uma densidade populacional singular na história, era tanta gente em pouco espaço que havia casas que chegavam a 35 metros de altura, algo espantoso para a época. A cidade que “uniu” o mundo em seu nome conheceu a decadência por volta do século V d. C, agora em suas ruas nascia vegetação e a população girava em torno de mil habitantes. Porém renasceu com o cristianismo e no século XVII, voltar a se destacar no cenário mundial, voltando a conquistar a marca de um milhão de habitante em 1931.
Uruk. Construída por volta de 2.800 a.C, portanto mais velha que as grande pirâmides, talvez detentora uma das mais antigas arquiteturas monumentais do mundo, uma da mais importantes cidades da Mesopotâmia onde havia as pirâmides escalonadas que se projetavam acima das muralhas da cidade, construções normais na Mesopotâmia da antiguidade.
Chegou a ser metrópole do primeiro reino da Babilônia em 2.375 a.C, quando no reinado de Lugalzages Uruk perdeu um pouco da sua importância quando ao norte surge a possante Babilônia.
Referência:
SCHNEIDER, Wolf. De Babilônia a Brasília. [trad. Guttorm Hanssen] 2 ed. São Paulo: Boa Leitura, (?).
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