30 dezembro 2009

As 10 maiores cidades do Brasil. Exceto as capitais, com suas regiões metropolitanas e suas cidades

A contribuição desse post acontece no sentido de divulgar as 10 maiores cidades do Brasil que não fazem parte das regiões metropolitanas e não são capitais.
A rede urbana brasileira nos releva grande complexidade, aqui apenas divulgaremos os dados do IBGE- Cidades (2009) para que sirvam de posteriores estudos e análises. Acompanhem:

Campinas-SP - 1.064.669

Uberlândia-MG - 634.345

São José dos Campos-SP - 615.871

Feira de Santana-BA - 591.707

Sorocaba-SP - 584.313

Ribeirão Preto - 563.107

Juiz de Fora-MG - 526.706

Londrina-PR - 510.707

Campos de Goytacazes-RJ - 434.008

10ª São José do Rio Preto-SP - 419.632

Nota-se que 50% dessas cidades se localizam no estado de São Paulo. Essas são reconhecidas nacionalmente, consideradas centros de excelência que exercem influência em vastas regiões do próprio estado e até de outros estados. Depois temos o estado de Minas Gerais que possui duas cidades, por fim, os estados da Bahia, Rio de Janeiro e Paraná possuem cada um uma cidade.

Fonte:
IBGE-Cidades.

Leituras relacionadas.
Cidades Paulistas I.
Cidades Paulistas II.
Cidades Brasileiras.

29 dezembro 2009

Lisboa: de Olisipo aos dias atuais


A história de ocupação humana em terras portuguesas remonta à pré-história. A região onde hoje se encontra Lisboa, capital de Portugal, ganhou projeção no Império Romano e às margens do rio Tejo surge uma cidade romana chamada Olisipo.
Dentre tantos povos que ocuparam a região onde hoje se encontra Lisboa destacamos os Túrdulos e os Lusitanos, ambos ocupavam a área entre os rios Tejo e Mondego, sendo que os primeiros se localizavam mais próximo ao Atlântico. Antes mesmo dos romanos acredita-se que os feníncios estiveram na região e estabeleceram um porto comercial nas proximidades.
A Olisipo dos romanos não era centro de nenhuma região administrativa romana, porém possuia significativa importância. Tendo sido município romano na época de Augusto. Lisboa atual conserva muitas ruínas do tempo do Império Romano, apesar de muitos estarem soterrados e outros de localização incerta. De todo modo, constata-se que houve em Olisipo teatros, aquedutos e balneários. Lê-se sobre um aqueduto :
"A cidade era alimentado de água por um aqueduto com cerca de 10 Km de extensão. Ao quilómetro 16,423 da estrada nacional nº 250, de Caneças a Belas, ainda se conserva parte do dique da albufeira que abastecia o aqueduto." [1] p.68.

Em 472, Suevos e Visigodos (para algumas fontes os godos também estiveram lá [2]) ocuparam a cidade, que permaneceu sob seus domínios até chegarem os Mouros muçulmanos em 714, os quais a denominaram Aschbouna. Dom Afonso Henrique entrou na cidade com um exército de 12 mil homens em 1.147, dessa data em diante ela ficou sobre domínio lusitano.
A cidade se tornou um dos principais portos do mundo na época das grandes navegações, era o porto de onde saiam as caravelas de um vasto império português. Sua localização estratégica fez também com Lisboa fosse ponto de parada para muitas embarcações que navegam nas costas atlânticas da Europa.
No século XVIII, Lisboa foi palco de uma das maiores catástrofes naturais da história da humanidade. Por essa época a cidade já não tinha o brilho comercial que teve outrora, Londres polarizava as relações comerciais, porém "continuava a ser uma das mais abastadas cidades da Europa" [3] p. 183. O fato se deu no dia 1º de novembro, Lisboa foi sacudida por um terremoto seguido de um maremoto que provocou uma tsunami de 12 metros de altura. A enorme onde subiu pelo rio Tejo matando em torno de 60 mil pessoas.
Para o site oficial do Município de Lisboa o Estado Novo foi responsável por significativa mudanças mudanças que a deixaram melhor e mais bonita:

"O Estado Novo (1926-1974) expandiu e aformoseou a cidade, à custa do resto do país, segundo moldes nacionalistas e monumentais. Surgiram novas urbanizações e edifícios públicos; modificou-se a zona de Belém com a Exposição do Mundo Português (1940) e, na periferia da cidade, apareceram bairros sociais. A inauguração da ponte sobre o Tejo possibilitou uma rápida ligação entre as duas margens do rio. " [4]

Hoje Lisboa pode ser chamada de uma linda cidade. Capaz de juntar o novo e o antigo com uma certa harmonia. O conselho de Lisboa possui 556. 797 habitantes (2001) a chamada zona da grande Lisboa possui 2,1 milhões de habitantes.
Situa-se às margens direita do rio Tejo, na sua foz.

Referências:
ALARCÃO, Jorge. Portugal Romano. São Paulo: Verbo, 1973.
SCHNEIDER, Wolf. De Babilônia a Brasília. 2ed. [trad. Guttorm Hanssen] São Paulo: Boa Leitura, (?)
[2] ALARCÃO, Jorge. op. cit.
[3] SCHNEIDER,Wolf. op. cit.
Você pode se interessar em ler:

24 dezembro 2009

Cemitério de Cravinhos

Cemitério de Cravinhos por volta de 1922.
GOMES, F. p. 142.
Nem sempre houve cemitérios no sentido que conhecemos hoje. O sepultamento do corpo de uma pessoa também varia muito de cultura para cultura. A história dos cemitérios no Brasil se assemelha à história dos cemitérios no mundo ocidental.
A partir do século XVII, e principalmente no século XIX, surgem os cemitérios. Até então os corpos eram enterrados no interior de igrejas, como a crescimento das cidades perceberam uma necessidade sanitária de enterrar os mortos em locais apropriados, construídos para esse fim.
A princípio essa ideia não foi bem recebida pela alta sociedade, pois os enterrado fora das igrejas eram os não-cristãos e os escravos. Mas, por volta do século XIX, a construção de cemitérios públicos começou a representar uma inovação urbana na França, fator que influenciou outros países a seguir esse exemplo.
Não demorou muito para a burguesia perceber que os cemitérios eram um lugar perfeito para mostrar o poder econômico que o morto tinha em vida. É assim que vemos maunsoléus espetaculares em quase todos cemitérios do mundo, túmulos que valem mais que uma residência, obras de arte e estátuas feitos por exímios artistas, etc.
Analisado dessa forma, o cemitério de Cravinhos faz parte desse contexto. Um dos mais antigos ainda funcional da região de Ribeirão Preto.
Foi construído em 1893, por Francisco dos Santos Bomfim, grande fazendeiro que contribuiu com a fundação de cidades da região. Foi construído há 2,5 Km da cidade, hoje está inserido na área urbana de Cravinhos. Esse campo santo impressiona pelos seus túmulos, muitos deles do século XIX, uma riqueza histórica que, diga-se de passagem, não é muito compreendida pelo grosso da população cravinhense.
Em 1922, o professor Francisco Gomes escrevia o seguinte sobre tal cemitério:
"Por um largo e vistoso portão de ferro, temos nele entrada,defrontamo-nos à primeira vista, uma longa alea (?) ladeada de belos mausoléos tendo ao fundo uma capela onde são celebrados todos os anos e no dia de finados diversas solenidades religiosas." (GOMES, F. P141. )
Um cemitério, pelo menos para os mais atentos, proporciona-nos várias análises - históricas, socieconômica, espectativa de vida, etc. Cravinhos como grande produtora de café ostenta em seu cemitério túmulos e mausoléus de primeira grandeza. Por outro lado, nota-se a mortandade de muitas criança no final de século XIX e início do século XX. Fator que assolava não a cidade mas o Brasil como um todo.
Acompanhem comigo mais imagens do cemitério de Cravinhos.




Características de um túmulo de criança falecida em tenra idade.














Lê-se nesse túmulo:

Jazigo perpétuo do inocente José.
Filho de Teodoro Ramos e Zulmira de Oliveira Ramos. Nascido a 4 de dezembro de 1905 e falecido a 10 de agosto de 1907.

Um túmulo de 103 anos.





Esse túmulo com característica interessantes, dá a entender uma foice que ceifa a vida. Ao pé desse túmulo lê-se:

Ângela Gasparetto Affini.
Que esulou (?) para as regiões eternas em 12/09/1910.









Esse é o túmulo de Francisco dos Santos Bomfim, o que promoveu a construção do cemitério.
Seu nome é muito conhecido na região de Ribeirão Preto.
Nasceu em 1849 e faleceu em 1898. A construção de uma igrejinha secular de Cravinhos, desmoranada parcialmente em 2009, é obra dele também.








Esses mausoléus são os mesmo da foto de 1922.
Alguns em bons estado de conservação, outros com infiltrações e com vegetação se ramificando em suas paredes.














Figura de um anjo na entrada de um mausoléu.
Nota-se a expressão de tristeza e a delicadeza nos traços.

















Mais um túmulo de criança.
Dá a impressão de estar olhando para baixo, no próprio túmulo.













Vista da rua principal do cemitério.
O cemitério é cortado por duas ruas principais que se cruzam no meio formando uma cruz.








Referências.
GOMES, F. Cravinhos: histórico, geográfico, comercial, agrícola. Riberirão Preto: Selles, 1922.
Cemitério Parque Senhor do Bonfim.
Fotos: Alexandre de Freitas. Se usá-las, por favor cite a fonte.
Leituras relacionadas.
Cravinhos Online.
A Evidência do descaso com o patrimônio histórico.
As 10 maiores cidades da região administrativa de Ribeirão Preto.

22 dezembro 2009

Ribeirão Preto. Aspectos do centro da cidade.

O centro de uma cidade é resultado de complexos fenômenos que evolvem uma dinâmica socioespacial nas suas dimensões econômicas e de fluxos materiais e imateriais.
Popularmente falando o centro é aquele local onde se concentra a maior parte do comércio de uma cidade, onde a rede bancária é mais densa, local onde se oferece mais variedades de serviços produtos.
Porém numa análise mais apropriada, neste caso nos fundamentamos nos estudos de Flávio Villaça, o conceito de centro está relacionado com o tempo e a energia que as pessoas gastam para se chegar nesse determinado ponto da cidade. Nas palavras de Villaça:
"O centro surge então a partir da necessidade de afastamentos indesejados mas obrigatórios. Ele, como todas as 'localizações' da aglomeração, surge em função de uma disputa: a disputa pelo controle (não necessariamente minimização) do tempo e energia gastos nos deslocamentos humanos." [1]
A gênese de um centro está ligada ao raciocínio de que toda a aglomeração para gerar aproximação provoca um afastamento, ou seja, alguém será obrigado a se afastar de um lugar que apresenta boas condições de locomoção para podermos trabalhar, consumir ou usufruir de outros serviços.
Aqui gostaríamos de destacar que o centro de uma cidade não tem nada a ver com o centro geométrico, basta lembrarmos d cidades como Rio de Janeiro e Salvador onde o centro é periférico.
Vejamos algumas características visuais do centro de Ribeirão Preto. A cidade possui uma população de 563.107 (2009), o PIB em mil reais é de 12.969.387 (2007), sendo o PIB per capita em reais de 23.692 (2007). Se destaca no estado de São Paulo pelo seu comércio e pelas práticas agrícolas, em especial a cana-de-açúcar.
Essa área de Ribeirão conhecida por centro constuma ser delimitada pela Av. Francisco Junqueira, Av. Jerônimo Gonçalves, Av. Independência e Av. Nove de Julho. Veja o mapa.

O conhecido Teatro Dom Pedro II.
Símbolo da época de ouro do café, seu estilo imita o Teatro Ópera em Paris. Localizada no quarteirão paulista, área que envolve a tradicional Choperia Pinguim e o Palace Hotel.











Choperia Pinguim.
Num dos mais movimentados cruzamento da cidade. Mais ao fundo dá para se nota o Teatro Dom Pedro II.










Ribeirão Preto possui um centro muito verticalizado.
No detalhe, nota-se o prédio da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, localizada numa esquina muito movimentada da cidade.










O calçadão de Ribeirão Preto é repleto dos mais variados comércios. Pode se dizer que é um shopping a céu aberto.










Catedral Metropolitana São Sebatião.
Vista lateral, do lado direito nota-se alguns edifícios com arquitetura pós 1960.
A construção se iniciou em 1908 e as obras foram concluídas em 1917.









Edifício Diederichsen.
Inaugurado em 1936, é um belo representante do progresso que a cidade alcançou com o desenvolvimento do café.
Foi feito para ser um edifício multifuncional e até hoje no térreo, no primeiro e no segundo andar possui comércios. Foi construído pelos arquitetos Antonio Terreri e Paschoal de Vicenzo.






Fontes:
VILLAÇA, Flávio.Espaço intra-urbano no Brasil.2ed. São Paulo: Studio Nobel:FAPESP: Lincoln Institude, 2001. pp.237-243.
[1] VILLAÇA, Flávio. op. cit. p.239.
Inconfidência Ribeirão - O velho Diederichsen.
Catedral Metropolitana São Sebastião.
Fotos de Alexandre de Freitas. Se usá-las, por favor, cite a fonte.

21 dezembro 2009

Cidades Pequenas

Considera-se cidade pequenas aquelas com menos de 100 mil habitantes. São as cidades mais numerosas do Brasil, em 1996 apenas 175 cidades tinham mais que 100 mil habitantes, sendo o restante enquadrado no conceito de cidade pequena.
Também são essas cidades que detêm a maior parte da população brasileira 45,24% (as médias detêm 25,05 % e as grandes 29,71%), já sua participação no PIB é de algo em torno de um terço do PIB nacional, 30,95%.
Essa forma de analisá-las com base na população, pode apresentar um certo problema dependendo da região onde elas se inserem. Às vezes, uma cidade com 100, 80 ou até 50 mil habitantes dependendo de sua região pode ter um papel significativo, essa realidade se constata principalmente (mas não unicamente) na região norte, onde cidades consideradas pequenas podem responder como significativas fornecedoras de produtos e serviços.
A grosso modo, muitas cidades pequenas, principalmente nas regiões mais ricas do sudeste brasileiro, possuem boa qualidade de vida e baixa renda. De todo modo, elas não são a maravilha de tranquilidade e qualidade de vida normalmente atribuídas a elas, têm sim boa diferença nas condições de tempo e modo de vida em relação às cidade grandes, mas possuem suas contradições e desigualdades. [1]
As cidades abaixo são exemplos de algumas contradições em considerar pequena toda cidade com menos de 100 mil habitantes. Trata-se, repectivamente, de: Alta Floresta, no extremo norte de Mato Grosso, é a maior cidade daquele região marcada por pequenas vilas, povoados e aldeias e possui em torno de 50 mil habitantes. Santa Fé do Sul-SP, próxima a divisa de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, localização estratégica que dá a ela uma considerável importância, em especial nos serviços educacionais, possui 29.192 habitantes. E por fim, Potirendaba, a 30 Km de São José do Rio Preto, com 15 mil habitantes, sob influência direta desta, cidade muito agradável com nível de riqueza baixo mas com bons indicadores sociais. [1]



Alta Floresta.
População - 51.414 (2009);
PIB em mil reais - 450.143 (2007);
PIB per capita em reais - 9.160 (2007).











Santa Fé do Sul.
População - 29.192 (2009);
PIB em mil reais - 401.094 (2007);
PIB per capita em reais - 14.484 (2009).













Potirendaba.
População - 15.128 (2009);
PIB em mil reais - 171.857 (2007);
PIB per capita em mil reais - 11.995 (2007).





Fontes:
SANTOS,Milton; SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no século XXI. 7ed. Rio de Janeiro, 2005.
Revista Ateliê Geográfica-Universidade Federal de Goiás.
IBGE - Cidades.
IPEA

Leituras relacionadas.
Cidades grandes.
Cidades médias.

Cidades grandes

As cidades grandes ocupam lugar de destaque no Brasil, possuem acima de 500 mil habitantes. São os centros onde suas atividades econômicas atingem níveis superiores abrangendo vários tipos de produtos e serviços. Têm capacidade de produzir e distribuir informações e conhecimentos, detêm grandes centros de pesquisas e universidades. Politicamente podem ter relevância nacional.
A maior parte do PIB nacional concentra-se nessas cidades 41,70% sendo que as mesmas abrigam menos de um terço da população brasileira 29,71%.
Ao mesmo tempo que a grande cidade concentra renda e oferece várias oportunidades de emprego elas atraem significativo número de pobres. Pois que são suscetíveis de oferecer atividades estacionais acolhendo, assim, os chamados circuitos inferior da economia.

Tais constatações são perceptíveis além do nível de pesquisas, ou seja, notamos visualmente essas contradições nas grandes cidades, um lugar muito rico, com toda infraestrutura , em uma determinada região da cidade e em outra região populações vivendo em habitações precárias.




Goiânia.
População - 1.281.975 (2009);
PIB em mil reais - 17.867.338 (2007);
PIB per capita em reais - 14.355 (2007).










Ribeirão Preto.
População - 563.107 (2009);
PIB em mil reais - 12.969.387 (2007);
PIB per capita em reais - 23.692 (2007).












Uberlândia.
População - 634.345 (2009);
PIB em mil reais - 12.483.820 (2007);
PIB per capita em reais - 20.520 (2007).





Fontes:
SANTOS,Milton; SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no século XXI. 7ed. Rio de Janeiro, 2005.
IPEA
IBGE-Cidades.

Leituras relacionadas.

Cidades Médias.

Cidades Pequenas.

Cidades Médias

Considera-se cidade média as aglomerações urbanas que possuem entre 100 e 500 mil habitantes. Essas cidades atendem uma lógica econômica local, tendo capacidade de suprir as necessidades e demandas de vários produtos e serviços para elas mesmas e para o seu entorno.
Para Milton Santos e María Laura Silveira as cidades médias suprem imediatamente as necessidades agrícolas, industriais, de serviços, de informação e de conhecimento nos núcleos onde elas estão inseridas. No campo modernizado elas são capazes de fornecer às atividades agrícolas os insumos e os bens dos quais tais atividades requerem. Atuam também como formadoras de mão-de-obra através de cursos técnicos direcionados a especialização da região onde se encontram.
Essas cidades têm a capacidade de se posicionar estratégicamente na hierarquia urbana brasileira. pode-se classificar essas em três categorias: 1. aquelas que se localizam num espaço regional urbano muito amplo (Rio Branco-AC, Imperatriz-MA). 2. Podem fazer parte de uma periferia numa grande aglomeração urbana ( Diadema, na grande São Paulo). 3. Constituem núcleo central de uma determinada região (São José do Rio Preto-SP). [1]
As cidades médias vêm apresentando um maior crescimento populacional e uma maior participação no PIB entre 2000 e 2007. Elas concentram 25,05% da população brasileira e paticipam com 27,35% no PIB nacional.
Araraquara.
População - 201.663 (2009);
PIB - em milhões de reais 3.366,31;
PIB per capita em reais - 17.191,28.
Diadema.
População - 396.955 (2009);
PIB em milhões de reais - 8.652,72;
PIB per capita em reais - 22.371,23.
Imperatriz.
População - 236.691 (2007);
PIB em mil reais - 1.574,109;
PIB per capita em reais - 6.854.
Fontes:
SANTOS,Milton; SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no século XXI. 7ed. Rio de Janeiro, 2005.
IPEA
Leituras relacionadas.
Cidades Grandes.

18 dezembro 2009

A igreja mais antiga de Ribeirão Preto


O lugar é:
Igreja Santo Antônio Pão dos Pobres - Ribeirão Preto-SP.

A Igreja Santo Antônio Pão do Pobre é a mais antiga de Ribeirão Preto, foi fundada em 1903. Recentemente tombada como patrimônio histôrico.
Atendia os migrantes pobres que chegava à cidade. Seu nome se deve ao fato da igreja distribuir pães para esses migrantes
Localiza-se no bairro Campos Elíseos. Possui uma sigularidade, sua torre fica no no altar do fundo da igreja, em contraposição com a maioria da outras que têm a torre na frente.


Dados:
Capela: Santo Antônio, Pão dos Pobres. Reitor: Pe. Gilberto Kasper.
Horários de MissasDomingos: 8 e 10 horas Terças-Feiras: 8 horas com Bênção dos Pães Quintas-Feiras: 18 horas. Exposição e Adoração ao Santíssimo Sacramento e 19 horas.
Missa da Saúde
Atendimento Espiritual, Visita aos Doentes e Bênçãos das Casas.
Agendar pelo Telefone: (16) 3236-4410
Atividades Especiais Domingos às 8 horas pelas Rádios CMN 750, Jovem Pan Sat e Aparecida, durante o Programa "Bom Dia Ribeirão" de Sebastião Xavier, a Mensagem "LEVANTA-TE E ANDA" para todos aqueles que não podem participar das Celebrações em suas Comunidades.

Fontes:
Folha de São Paulo. Caderno Ribeirão, 18 dez. 2009.
Leitura relacionada.

17 dezembro 2009

Cidades Paulistas II

Ribeirão Preto

Esse é o segundo post sobre Cidades Paulistas, aqui vamos nos ocupar com as principais cidades do estado. Que podem ser classificadas como centros-regionais e sub-centros regionais, no primeiro demos uma abordagem geral das cidades paulistas, destacando suas regiões metropolitanas (leia o primeiro post).
Analisando os conceitos.
Centros regionais. São aquelas cidades que possuem importante conexão com sua região abrigando importante comércio, centros de estudos, retransmissoras de tevê, shopping-centers, etc.
Sub-centros regionais. Assemelha-se muito aos centros-regionais, às vezes possuindo um área de influência menor. Essa categoria ainda suporta outra divisão, dela surgindo os sub-centros regionais 1 e 2.

Presidente Prudente


Esses conceitos apesar de muito usados, principalmente em livros didáticos, não raro apresentam insuficiência de uma classificação mais pormenorizada. Considera-se Ribeirão Preto como centro-regional, enquanto São José do Rio Preto, Bauru e Presidente Prudente são considerados sub-centros regionais.
Aqui não seguiremos esses conceitos fielmente. Incluiremos algumas informações sobre aquelas cidades paulistas que possuem incontestável importância, ou seja, é uma classificação que um toque pessoal. Não deixando, de todo modo, de manter a coerência.
Campinas, São José dos Campos e Sorocaba estão de alguma forma praticamente integradas à região metropolitana de São Paulo, Campinas é uma região metropolitana juntamente com a de São Paulo e a da Baixada Santista. Essa região, como já abordamos no primeiro post, incluí-se na chamada megalópole brasileira, o que o IBGE chama de complexo metropolitano do sudeste.
O interior de São Paulo abriga importantes cidade que além de se destacar a nível estadual estendem sua influência para outros estados. Dentre elas, vejas as relacionadas abaixo.
São José do Rio Preto

Ribeirão Preto.
Localizada no norte do estado a cidade surgiu em meados do século XIX (1856), e se desenvolveu graças ao café, foi umas da maiores produtos de café do mundo. Hojé se destaca pela cultura da cana-de-açúcar, recebendo o título de capital nacional do agronegócio.

População - 570.076 (2009);
PIB - 12.969,39 (em milhões de reais, 2007);
PIB per capita 23.961,27 (em reais, 2007).

A Fundação SEADE classifica a cidade no nível 1 no índice de responsabilidade social - alto nível de renda e bons indicadores sociais.

São José do Rio Preto.
Também surgida meados do século XIX (1852), o café teve grande importância na região. O fato da cidade se tornar ponta de trilhos da antiga Ferrovia Araraquarence coloborou para que se tornasse um centro regional.
Hoje é um importante polo comercial e de seviços do noroeste paulista, destacando-se na fabricação e comércio de produtos médicos-hospitalares, jóias, etc.

População - 418.999 (2009)
PIB - 6.528,79 (em milhões de reais, 2007);
PIB per capita - 16.209,73 (em reais, 2007).

A Fundação SEADE também a classifica no nível 1, no índice de responsabilidade scial, como Ribeirão Preto.

Presidente Prudente.
Localizada no oeste do estado foi frente agrícola pioneira, fundada no início do século XX (1917) ocupa lugar de destaque na região.

População - 207.441 (2009);
PIB - 2.971,25 (em milhões de reais, 2007);
PIB per capita - 14.651,93 (em reais, 2007).

Está classificada no índice de responsabilidade social de forma idêntica a Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no nível 1.

Demais cidades importantes do interior do estado de São Paulo.
São Carlos, Araraquara, Bauru, Piracicaba, Franca, Rio Claro, Araçatuba e Marília.

Fontes:
MAGNOLI, Demétrio; ARAUJO, Regina. Geografia: a construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005.
Atlas Geográfico Escolar. IBGE. 4ed. Rio de Janeiro:IBGE, 2007.
Fundação SEADE.

Leituras relacionadas.
Cidades Paulistas I.
As 10 maiores cidades da região administrativa de São José do Rio Preto.
As 10 maiores cidades da região administrativa de Ribeirão Preto.

Cidades Paulistas I


O estado de São Paulo se destaca no Brasil sob vários aspectos, dentre eles por suas cidades.
A começar pelo própria capital do estado, considerada uma cidade global. Mas não somente ela, no estado há cidades que se exercem influência significativa em vastas regiões do terreitório nacional, a hierarquia urbana no estado de São Paulo é complexa.
A começar pela região metropolitana de São Paulo composta por 39 municípios que concentram 48,04% da população do estado, a população estimada do estado de São Paulo é de 42 milhões de habitantes. População superior a de países como Argentina, Austrália e Canadá.
Em partes do estado de São Paulo está localizada a megalópole brasileira - Megalópode Rio-São Paulo - que vai de Campinas-SP a Niterói-RJ.
A partir da região metropolitana de São Paulo partem eixos rodoviários as margens dos quais se desenvolvem várias cidades importantes.
Eixo da via Dutra, eixo da Anchieta-Imigrantes, Eixo da Anhanguera-Bandeirantes (estendendo-se pela Washington Luiz) e eixo Castelo Branco.
O estado possui mais duas regiões metropolitanas de Campinas com 19 municípios e 2.578,23 habitantes [1]. E a região metropolitana da Baixada Santista com 9 municípios e 1.606,863 habitantes.
O estado têm 645 municípios, excetuando os da Região Metropolitana de São Paulo os maiores em população são:

1ª Campinas - 1.64.669;
2ª São José dos Campos - 615.817;
3ª Sorocaba - 584.313;
4ª Ribeirão Preto - 563.107;
5ª São José do Rio Preto - 419.632;
6ª Santos - 417.098;
7ª Piracicaba - 368.843;
8ª Bauru - 359.429;
9ª Jundiaí - 349.929;
10ª Franca - 330.939.

Fontes:
MAGNOLI, Demétrio; ARAUJO, Regina. Geografia: a construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005.
Atlas Geográfico Escolar. IBGE. 4ed. Rio de Janeiro, 2007.
Observatório das Metrópoles - UFRJ.
Leitura relacionada.

16 dezembro 2009

Onda Verde


Cidade do interior do estado de São Paulo, na Região de São José do Rio Preto. Teve início com o povoado chamado Castores, onde na primeira década do século XX, foi construída uma igrejinha que abriga a imagem de um santo - Bom Jesus - que para homenagear o próprietário que doou as terras e idealizou a igreja, o Cel. Castor, ficou como o nome de Bom Jesus dos Castores.
Aos poucos os arredores da igrejinha foi atraindo algum comércio e em pouco tempo se tornou um ponto comércial em meio ao sertão de Rio Preto. Na década de 1920, quando os moradores tiveram a notícia de que a região seria servida pela Estrada de Ferro São Paulo-Goiaz se mudaram do antigo povoado para as proximidade da linha, que ficava a 6 km do local. A estação foi inaugurada em 1931 e desativada em 1966.
O povoado tornou-se distrito de Nova Granada em 1934, e em 1964 tornou-se município.
Ainda na década de 1920, muita famílias japonesas chegaram à localidade para trabalhar nas fazendas, tiveram grande importância no desenvolvimento do povoado, doaram terrenos para creche e para casa da agricultura. O nome Onda Verde se deve ao terreno ondulado onde se plantava algodão, esse quando verde assemelhava-se a uma onda verde.
Para a Fundação SEADE o município se enquadra no grupo 1 no índice de responsabilidade social "Municípios com nível elevado de riqueza e bons níveis nos indicadores sociais".

Dados.
População 2009 - 3.926 habitantes;
PIB em milhões de reais - 131,32 (2007);
PIB per capita em reais - 35.413,79

Notem o PIB per capita, elevadíssimo, o da cidade de São Paulo é 29.393,66, o de São José do Rio Preto é 16.209,73. Essa elevação do PIB per capita está relacionada a presença da Usina Vale - açúcar e álcool, no município.

Distância de Onda Verde a:
São Paulo - 436 Km;
São José do Rio Preto - 30 Km.

Fontes:
Câmara Municipal de Onda Verde.
Estações Ferroviárias
Fundação SEADE
IBGE - Cidades

Leia mais sobre cidades, localidades e região de São José do Rio Preto.
As 10 maiores cidades da região de São José do Rio Preto.
São José do Rio Preto.
Palestina
Barra Dourada
Vila Ventura
Engenheiro Schimitt

15 dezembro 2009

José Bonifácio

Igreja Matriz
Cidade do interior do estado de São Paulo, na região de São José do Rio Preto. Seu núcleo inicial surgiu de uma paragem para pouso de boiadas às margens do riacho cerradão por volta de 1906. Riacho que forneceu o primeiro nome da localidade, quando ainda era distrito de Rio Preto.
"Em 1908 chegaram os irmãos Manuel, Justino e Carlos Rodrigues de Sant’Anna, que em 1910 resolveram construir um patrimônio, doando treze alqueires de terra à Igreja. A primeira capela foi erguida em 1913 e o pequeno povoado que se formava recebeu o nome de Cerradão.
No ano seguinte a vila foi elevada a Distrito de Paz, pela Lei Nº. 1.415 de 7 de julho de 1914." [1]
Em 1924, o distrito já com o nome de José Bonifácio se transfere de São José do Rio Preto para Mirassol e em 1926, torna-se município a ele pertencendo, além do distrito sede, o distrito de Ubarana. Em 1959, incorpora-se o distrito de Salto do Avanhandava à José Bonifácio, na divisão territorial de 1995, José Bonifácio só permanece com seu distrito sede.
Matriz antiga
Segundo a Fundação SEADE o município se enquadra no nível três no índice de responsabilidade social "Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões."








Distância de José Bonifácio a:

São Paulo 481 Km;
São José do Rio Preto 47 Km;
Lins 76 Km;
Araçatuba 115 Km.


Dados.
População 32.047 (2009);
PIB em milhões de reais 428,41 (2006);
PIB per capita em reais 13.798 (2006).








Fontes:

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Palestina
Barra Dourada
Vila Ventura
Engenheiro Schimitt

Cedral, cidade da região de São José do Rio Preto.




















Foto da Igreja Matriz, São Luiz Gonzaga.
Cidade paulista da região de São José do Rio Preto, o povoado começou a surgir m 1900, seus primeiros colonizadores foram Felício Botino, Cel. Severiano Vicente Ferreira, Cel. Silvério da Cunha Valério e Vicente Ferreira da Silva. O nome do local se deve à abundância de cedro que originalmente ocorria na região. Com a chegada da Estrada de Ferro Araraquarense a localidade começou a ter um relativo progresso. Instalando-se ali uma agência de correios, cinema, cartório de paz, delegacia de polícia, etc.

Para quem a visita, nota uma cidade limpa, calma e bem dotada de infraestrutura. O que se confirma pelos dados da Fundação SEADE, que a coloca no nível três no índice paulista de responsabilidade social - nível de riqueza baixa mas com bons indicadores nas demais dimensões. Tornou-se distrito de São José do Rio Preto em 1.919, desmembrando-se como município em 1.929. As fotos que se seguem evidenciam o aspecto geral da cidade.

A rua que se vê é o principal centro comercial da cidade, concentram-se nela a maior parte do comércio.






























Em alguns prédios da cidade nota-se que se trata de construções do início do século XX.
Nessa foto vê-se aspectos do quadrilátero da igreja matriz.














Visão de uma movimentada rua da região central. Nas árvores que se vê ao fundo ao cair da tarde pessoas por ali se sentam para contemplar calmamente a paisagem.















Características de um antigo prédio próximo a igreja matriz da cidade. Ao que tudo indica ali houve algum comércio em outros tempos.

Dados.
População 7.868;
PIB em milhões de reais 81,38;
PIB per capita em reais 10.943,53.
Distância de Cedral a:
São Paulo - 425 Km;
S. J. Rio Preto - 18 Km;
Catanduva - 42 Km.
Fontes:
Fotos. Alexandre de Freitas.
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Um lugar!

Afinal, o que é um lugar? Falamos: Você vai aquele lugar? De que lugar você é? Que lugar bonito!
Para a Geografia o lugar é uma unidade sensível. É uma porção do espaço onde se passa a vida, onde desenvolvemos vínculos afetivos, que incluem lembranças do passado, fatos que aconteceram, coisas que marcaram nossas vidas.
Diante disso tem uma extensão subjetiva. Um lugar pode ter significados diferentes dependendo da cultura, da pessoa e de suas formas de pensar, sentir e agir ou ainda, de como foi nossa experiência ali. Os conflitos ou a felicidades que enfrentamos em determinado lugar dá características a ele. É assim que às vezes lembramos com saudosismo daqueles lugares onde passados a infância e a juventude e não gostamos de lembrar, por exemplo, de uma indústria onde trabalhamos e ali fomos explorados e oprimidos.
A mesma afeição e familiaridade que temos com alguns objetos pessoais podemos desenvolver por certos lugares. Pegamos como exemplo nossa casa, nela nós sentimos mais à vontade que em qualquer outro lugar. Ampliamos esse sentimento para nossa bairro, é ali que conhecemos muitas pessoas com as quais vivemos e guardamos referências de nosso passado. Sentimento dessa natureza se aplicam também para uma cidade - essa é a minha cidade, sou filho de tal cidade, foi lá que nasci lá quero morrer, etc - essa ampliação chega ao nível do patriotismo, quando nos vangloriamos de morar num determinado país.
Vê-se, dessa maneira, que apesar de imaginarmos um espaço próprio, dimensionalmente reduzido, pois é mais fácil de manter vínculos, ele pode ser ampliando conforme nossa referência.
Um exemplo, uma pessoa que mora em São Paulo (cidade) dificilmente terá vínculos com a cidade como um todo, seus vínculos se estabelecerão em uma teterminada região. Enquanto uma pessoa que mora em uma cidadezinha do interior terá mais facilidade de desenvolver vínculos por toda sua extensão.


Analisem as fotos.


A princípio elas não querem dizer nada para o leitor.

Essa igrejinha foi contruída em 1.888, fica na cidade de Cravinhos-SP, no começo de 2.009 parte dela foi ao chão.
Os mais jovens não ligaram muito com o ocorrido, os moradores mais velhos choram. Diziam que ali se casaram, que requentavam a missa naquele lugar e que os primeiros namoros aconteceram na praça da igreja.







Essa outra foto, aparentemente está totalmente desconexa.
Trata-se da janela do meu quarto em um apartamento onde morei.
Essa era a visão que eu tinha ao abrir a janela, por várias vezes com um binóquio eu analisava o que se passava no canavial que se vê ao fundo da imagem.


Essa é a igreja matriz de Cedral, cidade do interior de São Paulo, na região de São José do Rio Preto.
Ali, quando criança, fui muitas vezes com o meu avô ao cair das tardes, onde ficávamos até o anoitecer. Os curiangos davam razantes nos insetos que circulavam as luzes que tinham acabado de acender.
São esses tipos de referências das quais os lugares são dotados, de caráter subjetivo e pessoal. Por isso o significado deles se difere de pessoa para pessoa.
Referências.
Brasil, Ministério da Educação. Parâmetos Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Minestério da Educação, 1999.
TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente.[trad. Livia de Oliveira] São Paulo: Difel, 1980.
Fotos: Alexandre de Freitas.
Tenha mais inforamações sobre a Igreja da foto desse post.
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