29 janeiro 2010

A melhor cidade - a questão da subjetividade urbana.

Aspecto de uma cidade na Hungria
Crédito Bela Kiefer
Muito se lê sobre as melhores cidades, sejam do Brasil ou do mundo. O termo vem com alguns complementos: melhores cidades para se viver, melhores cidades para se morar, melhores cidades para se trabalhar, etc.; não raro também é possível ler: as cidades mais bonitas, as cidade mais lindas, etc.
Aqui lidaremos com a subjetividade do espaço urbano. Nesse caso todas as aplicações do termo melhor, aplicados no caso acima, que na condição exposta possuem função de adjetivo comparativo de superioridade, tornam-se relativos. Pois que só fazem sentido se trabalharmos com índices para podermos estabelecer uma comparação, p. ex.: índice firjan, IDH, PIB, etc.
Para entendermos um pouco o que é uma subjetividade urbana acompanhem as palavras de Yi-fu Tuan:
"Os estímulos sensoriais são potencialmente infinitos: aquilo a que decidimos prestar atenção (valorizar ou amar) é um acidente do temperamento individual, do propósito e das forças culturais qu atuam em determinada época." (TUAN, 1980.p 129).
Aspecto de Nova Itapirema. Dist. de Nova Aliança
região de São José do Rio Preto.
Foto: Alexandre de Freitas.
Na história da humanidade são vários os casos em que um povo se achava o centro do mundo, traços do etnocentrismo e do egocentrismo comuns a todos seres humanos. "Os egípcios antigos, separados pelo deserto e pelo mar, dos seus pares na Mesopotâmia, estavam certos que eram superiores aos povos que encontraram além das bordas do vasle do Nilo" (TUAN, 1980 p.35.)
Exemplos como esse dos egípcios poderiam ser usados para vários povos.
Essas características de valorizar um lugar, seja país, cidade, bairro, etc. é que produz a subjetividade do espaço urbano. Notamos de forma empírica e sem maiores preocupações em entender o porquê, que algumas pessoas elogiam cidades que no contexto estatístico (qualidade de vida, infraestrutura, emprego, etc) estão em estado deprimente, mas mesmo assim elas gostam dali.
Nota-se muito situações onde os nordestinos insistem demasiadamente com o sertão "bravo" para permanecerem ali, esses são os vínculos característicos dos seres humanos. Músicas, filmes, poemas são produzidos influenciados com essa tendência de pertencer, de gostar, que não pode ser explicado plenamente com dados estatísticos.
Todo esse imaginário e essa subjetividade ainda não estão sendo tratados com o esmero que deveria, são categorias que indiscutivelmente estão presentes e são responsáveis por grandes decisões que não abrangem somente questão pessoais mas sim todo um grupo de pessoas. Fazendo com que sejam valorizados a singularidade e a pluraridade dos lugares no mundo, influenciando, também, no entendimento e na preservação de patrimônios históricos materias e imaterias de povos e comunidades que mantêm seus vínculos e afeições por certas cidades às vezes não divulgadas e esquecidas.
Dessa forma, defendemos que para se afirmar que uma cidade é melhor deve-se usar de um instrumento de comparação e se apoiar em critérios pré-estabelecidos.
No mais, uma das políticas de publicação desse espaço é justamente divulgar Cidades e Lugares pouco conhecidos que possam despertar sentimentos dotamos de auto grau de subjetividade.

Referências:
TUAN, Yi-fu. Topofilia.São Paulo: Difel, 1980.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: geografia. Secretaria do Estado da Educação. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Sugestões de leitura:

18 janeiro 2010

Cidades do Brasil - localização estratégica. Uberlândia.

A palavra estratégia por si só tem sua origem militar, deriva de stratégos, em grego, que significa soldado de ordem superior. Não só no Brasil mas no mundo são várias as cidades de localização estratégica. Interessante notar que a cidade pode ter localização estratégica em vários sentidos: entrocamentos de transportes (rodovias, ferrovias, portos, etc.) comercialmente, tecnologicamente, religiosamente, militarmente, etc. Porém, em tempos de guerra, todas essas localizações estratégicas adquirem importância militar, é assim que a história nos mostra quando uma cidade industrial, ou grande produtora de minérios, ou ainda, um porto importante é alvo de grandes investidas e esforços para ser tomada.
No caso desse post a palavra estratégica terá sentido abrangente. Dessa forma, a cidade poderá ser estratégica por estar num entrocamento ferroviário, um porto, centro de pesquisa, etc.
Uberlândia.
Aposição geométrica da cidade fez com que ela se tornasse uma cidada com localização geográfica privilegiada.
Uberlândia situa-se praticamente no centro geométrico do Brasil e da América do Sul. Sua posição faz dela um local excelente de distribuição de mercadorias o que contribui para que nela exista uma intrincada rede de transportes. Possui vários redes atacadistas sendo sede das três maiores do país - Martins, Arcon e Peixoto [1].
Dotada de várias rodovias: BR 050, BR 365, BR 455, BR452, BR 497. Cortada por Ferrovia, lá existe o porto seco do cerrado e seu aeroporto é o terceiro maior de Minas e o 27º do Brasil.
Analisem a distância de Uberlândia com outras cidades do Brasil e da América do Sul.

Belo Horizonte - 450 Km;
São Paulo - 552 Km;
Rio de Janeiro - 686 Km;
Brasília - 352 Km;
Natal - 2.000 Km;
Manaus - 2.100 Km;
Belém - 1.900 Km;
Rio Branco - 2.300;
Lima (Peru) - 3.160;
Quito (Equador) - 3.800 Km;
Buenos Aires (Argentina) 2.000;
Antofogasta (Chile) 2.350.

Dessas distância podemos tirar várias conclusões. Analisem a distância entre Natal, estratégica cidade portuária do nordeste do Brasil e Antofogasta, porto do Pacífico, no Chile. Uberlândia está praticamente no centro. Se compararmos quatro importantes cidade do Brasil - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília - Uberlândia possui distância muito ideais entre elas para distribuir produtos e serviços. Não é por menos que a cidade possui bons números e indicadores, vamos a eles:

População 634.345 (2009) depois de Campinas é a segunda maior cidade do interior.
PIB 12.483.820 (mil reais,2007)
PIB per capita 20.520 (reais, 2007).

Fontes:
Site Oficial da Cidade
IBGE - Cidades
Wikipédia
Nota: as distância são aproximadas e em linha reta, visto que foi usado o google earth.

Sugestão de leitura.
Cidades do Brasil - localização estratégica. São Gabriel da Cachoeira.
As 10 maiores cidade do Brasil. Exceto as capitais com suas regiões metropolitanas e suas cidades.
Cidades brasileiras.

Cidades do Brasil - localização estratégica. São Gabriel da Cachoeira.

A palavra estratégia por si só tem sua origem militar, deriva de stratégos, em grego, que significa soldado de ordem superior. Não só no Brasil mas no mundo são várias as cidades de localização estratégica. Interessante notar que a cidade pode ter localização estratégica em vários sentidos: entrocamentos de transportes (rodovias, ferrovias, portos, etc.) comercialmente, tecnologicamente, religiosamente, militarmente, etc. Porém, em tempos de guerra, todas essas localizações estratégicas adquirem importância militar, é assim que a história nos mostra quando uma cidade industrial, ou grande produtora de minérios, ou ainda, um porto importante é alvo de grandes investidas e esforços para ser tomada.
No caso desse post a palavra estratégica terá sentido abrangente. Dessa forma, a cidade poderá ser estratégica por estar num entrocamento ferroviário, um porto, centro de pesquisa, etc.
São Gabriel da Cachoeira.
Localizada o extremo noroeste do estado do Amazonas, no alto Rio Negro, região conhecida como cabeça do cachorro, dista 850 Km em linha reta de Manaus. É considerado o terceiro maior município em extensão do país com 112.255 km². Talvez, militarmente falando, seja a localização mais estratégica da região norte.
A localização da cidade próximo à franteiras internacionais da Colômbia e Venezuela, em uma região ecologicamente muito apreciada, com possíveis recursos minerais e demais recursos naturais faz com que seja área de segurança nacional. Ali existem bases do exército, da marinha e da aeronáutica. O IV Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego – CINDACTA IV (SIVAM), responsável pela operação e manutenção do radar instalado na sede municipal.
O povoamento da região data de 1657, com a presença dos jesuítas. Nos anos de 1759 e 1760, estabeleceu-se na localidade um destacamento militar e em 1833, foi construído o Forte São Gabriel, que posteriormente daria nome a cidade. Tornou-se município em1891.
Hoje a cidade possui 41.885 habitantes (IBGE, 2009) seu PIB é 164.570 (IBGE, 2007, em mil reais) e o PIB per capita é de 4.206 reais.
O Instituto Federal de Educação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas mantêm cursos superiores na cidade.
Fontes:
ROSS, Jurandyr L. (org) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.

15 janeiro 2010

São José do Rio Preto e sua primeira matriz

Primeira capela que serviu de matriz em S.J.do Rio Preto.
BRANDI, Agostinho. p.159.

Como grande parte das cidades brasileiras São José do Rio Preto surgiu ao redor de uma capela. Essas capelas na época do império tinham um importantíssimo papel como bem expôs o professor Agostinho Brandi:
"...detinha importante função pública que transcendia a vida espiritual. Ela penetrava, com vanguarda, em todos os rincões brasileiros desde a fundação do povoado, até antes, desempenhando atribuição política ao executar os serviços de expedição de registro de nascimento, casamento religioso, atestado de óbito, administração de cemitérios, etc." [1]
Vista do largo da primeira capela que serviu de matriz.
Diário da Região, 2006.

O núcleo que deu origem a São José do Rio Preto era habitado desde 1820, mas foi em 1852, que moradores reunidos próximo a casa que se considera a primeira da região central, a casa de João Bernardino de Seixas Ribeiro, um dos fundadores da cidade, ergueram uma capelinha que seria o início do povoado.
Neste momento não era nada oficial, ou seja, fizeram-na por conta própria. Depois dessa primeira capela veio a autorização oficial para construir, essa autorização ocorreu em 18 de junho de 1857. A partir da construção dessa capela oficial a localidade passa a ser visitada por vigários vindos de outras localidades com uma certa frequência, esses eram e vinham de:
"José Maria de Oliveira, de Araraquara; Justino Ferreira da Roxa, de Jaboticabal; José Antônio de Arruda Botelho, da Colônia Militar do Avanhandava." [2]
Em 1867, Visconde de Taunnay vindo da Guerra do Paraguai e passando por Rio Preto presenciou a construção dessa capela e não registrou boas impressões sobre o povoado que estava nascendo.
Essa primeira capela serviu de matriz até 1912, neste ano ela foi demolida para dar lugar a uma matriz mais ampla, a qual permaneceu na cidade até 1973. Quando foi demolida para dar lugar a atual catedral.
Fontes:
BRANDI,Agostinho. São José do Rio Preto 1852-1894: roteiro histórico do distrito. São José do Rio Preto: Casa do Livro, 2002.
[1] [2] BRANDI, Agostinho. op. cit. p.158
Diário da Região. Suplemento Especial. 19 març. 2006.

São José do Rio Preto - evolução paisagística

Foto: reprodução arquivo público municipal. Data (? provavelmente 1960)







Foto: Image Schach (linkada) Provavelmente 2002.
Para a Geografia a paisagem é aquela unidade do espaço onde nossa vista alcança. Totalmente dinâmica acumula, em muitos casos, tempos diferentes. Também pode conter num mesmo lugar atributos naturais e culturais.
A evolução urbana e consequentemente a pressão econômica agem constantemente sobre a paisagem, modificando-a. A paisagem por si só é dotada de um caráter social e se insere numa lógica temporal, seu dinamismo e suas representações se alteram constantemente.
Ela tem significados diferentes para quem a observa, dependendo da vivência das pessoas e como elas se relacionaram com determinada paisagem.
Essas fotos, dentro do possível, tentam estabelecer uma comunicação com os caros leitores. Nesse caso e em especial a foto de 1909, de Teodoro Demonte, já é um patrimônio histórico. Ela se encontra no Álbum da Comarca de São José do Rio Preto, escrito entre 1927 e 1929. Obra maravilhosa que pode ser encontrada na biblioteca pública da cidade.
São José do Rio Preto em 1909.
Teodoro Demonte. Fonte: Diário da Região.



Essa é uma vista do bairro Maceno, antigamente chamado de cemitério velho. Nota-se ao fundo aspectos do centro da cidade.




São José do Rio Preto em 1956. Arquivo Público.



Praça Dom José Marcondes.
Já foi chamada por alguns moradores antigos de jardim de baixo a catedral que se vê foi demolidada, talvez um dos maiores erros da história da cidade. A catedral hoje tem aspecto de shopping center.
Essa praça já abrigou pontos de ônibus, como se vê, e camelôs, que depois de muita polêmica foram acomodados (ou amontoados) em cima da rodoviária.

São José do Rio Preto em 1939. Álbum de Família.
Fonte: Diário da Região.


Nesta foto de 1939, nota-se apenas a igreja matriz e bem atrás dela o edifício Caramuru, o primeiro da cidade.
Grandes galpões beiram a ferrovia, principal via de transportes da época.

Sugestão de leitura.
São José do Rio Preto - a cidade mais bonita da região dos grandes lagos.
São José do Rio Preto - aspectos visuais da região central.

São José do Rio Preto - localidade São Pedro

Capela N.S. Aparecida. Na antiga localidade São Pedro.
Os lugares são dotados de uma certa dinâmica, modificam-se e assumem outras funções no tempo, o espaço ao seu redor se altera ganhando outros significados, as relações afetivas por certos locais se alteram principalmente em decorrência de sua dinâmica. É assim que outrora um lugar teve um significado e atualmente esse dignificado fica na memória dos mais velhos, na ausência desse o significado se altera.
Pesando dessa forma e na linha de publicação desse espaço falaremos aqui da localidade chamada São Pedro em região rural de São José do Rio Preto.
Pelo menos na internet não achei referências históricas sobre tal localidade, então a história oral e a vivência pessoal prevalecerão aqui.
São Pedro fica na antiga estrada Rio Preto - Mirassolândia, consiste hoje numa capelinha, a capela N.S. Aparececida de um lado da estrada e um estabelecimento comercial do outro lado. Ali, segundo moradoras antigos de São José do Rio Preto havia muitas festas, moradores dos sítios da região se reuniam ali em grandes quermesses. "A estrada era um areião só, meu avô parava ali e tomava leite de curral" afirma José Luís, que passava por ali quando criança com seu avô.
Ao que tudo indica as festas continuam acontecendo, pois que há uma estrutura própria para isso ao lado da capelinha. Porém, os arredores estão repletos de "chácaras" que na verdade são uma extensão de loteamentos em sistema de escritura em comum. A velha estrada foi asfaltada recentemente e agora existem mais estabelecimentos comerciais distribuídos por ela.
A velha capelinha e a localidade tornaram-se quase despercebidos num canto da estrada que serve vários bairros de chácaras como Vista Bonita, Pousada dos Pássaros, Floresta Park, Nossa Senhora Aparecida, Bela Vista, São Thomas, Alvorada, Todos os Santos e Santa Edwiges.
A localidade é mapeada em alguns mapas onde consta como outras localidades verificável no mapa do estado de São Paulo de Mega Mapas Brasil, 2007.




Vista da Capela N.S. Apareceda.
Construção antiga em meio a novas construções que obedecem os fluxos de capitais da atualidade.












Vista frontal da capelinha com salão de festas ao lado.
Nota:
Moradores de São José do Rio Preto e/ou região que tem maiores conhecimentos dessa localidade pode contribuir comunicando-me pelo e-mail altasvirtudes@hotmail.com. Será feito nota de agradecimento.
Fotos: Alexandre de Freitas, 2010.

13 janeiro 2010

Ribeirão Preto. Catedral Metropolitana São Sebastião

Um dos acontecimentos que marcaram a fundação de Ribeirão Preto foi a doação de terras para que fosse criado o patrimônio São Sebastião de Ribeirão Preto, em terras da Fazenda Retiro e da Fazenda Retiro da Barra.
A cidade foi fundada em 1856 e a paróquia em 1870, uma das mais antigas paróquias da região que evoluiu para diocese em 1908 e arquidiocese em 1958. Hoje a aquidiocese de Ribeirão Preto abrange 20 municípios com uma população superior a um milhão de habitantes.
A catedral São Sebastião teve suas obras iniciadas em 1904 e concluídas em 1922. Seu interior possui pinturas de Benedito Calixto e de José Nicolau Biagini.

Vista frontal da Catedral Metropolitana São Sebastião.
Fica no quadrilátero entre as ruas Florêncio de Abreu e Lafaiete e rua Tibiriça e Visconde de Inhauma.
















Foto antiga da Catedral.
Quando a cidade ainda era pouco verticalizada.

Crédito: Miyasaka. Fonte: Arquidiocese de Ribeirão Preto.








Vista da principal porta de entrada da Catedral.











Vista do interior da Catedral.
Visão de quem entra pela porta principal, ao fundo altar principal.












Túmulo do primeiro bispo da cidade Dom Alberto José Gonçalves.
Localiza-se no interior da Catedral, de frente ao principal altar.












Fonte:
Arquidiocese de Ribeirão Preto.
Fotos (com excecão a foto antiga):
Alexandre de Freitas, 2009.


Recomendações:
A igreja mais antiga de Ribeirão Preto.
Abadia Santo Antônio. Ribeirão Preto-SP.
A centenária Igreja Matriz de Cravinhos-SP.
Padres da Catedral São Sebastião de Ribeirão Preto.

12 janeiro 2010

São José do Rio Preto e seu primeiro edifício - o Caramuru

Antiga foto do Edifício Caramuru.
Arquivo Diário da Região.
São José do Rio Preto não passava por bons momentos no final da década de 1930, um dos seus principais produtos, o café, estava com o preço em baixa a ponto de serem queimadas 60 mil sacas do produto na cidade. Mas, mesmo em meio a essa crise a cidade ganhou seu primeiro edifício. O edificío Caramuru.

O prédio de cinco andares chamou muito a atenção na época, juntamente com a antiga catedral dominava o visual do centro da cidade como as duas construções mais altas.
Com projeto elaborado por Rodolpho Fehr teve suas obras iniciadas em 1938 e um ano depois foi cocluído, no dia 20 de dezembro de 1939, São José do Rio Preto ganhou seu primeiro "arranha céu" bem ali na praça Rui Barbosa, na rua Jorge Tibiriça.
Foto atual (2010) do Edifício Caramuru.
Arquivo: Alexandre de Freitas.
Entre os proprietários estava Edgar de Mattos Caramuru sócio-proprietário da Casa Bancária Edgard Caramuru & Cia, instituição surgida em 1933 e instalada no edifíco Caramuru quando este ficou pronto. Edgar Caramuru deu um desfalque na própria empresa em 1941, fugio para o Rio de Janeiro mas acabou preso e respondendo processo. Era o fim da instituição financeira.
O edifício foi adquirido em 1941, por Calixto Fauaz e João Biasi que o rebatizaram de Edifício Bandeirante.

Na década de 1960, São José do Rio Preto começou a passar por um processo de verticalização e o antigo prédio foi gradativamente perdendo o brilho. Hoje, é um modesto prédio num dos pontos mais movimentados da cidade cercado por outros edifícios bem maiores que ele.

 


Aspecto do centro de São José do Rio Preto em 1956. Nota-se em primeiro plano a antiga catedral, ao funto à esquerda o Edifício Caramuru e uma incipiente verticalização.
Foto: arquivo público municipal.
Fonte:
Diário da Região. Encarte especial 19 de março 2006. p.23.

09 janeiro 2010

São Luís do Paraitinga


Cidade paulista fundada no século XVIII, não vivenciou um grande crescimento urbano como muitas cidades que se desenvolveram no Brasil, fator que contribuiu para que seus patrimônios históricos fossem preservados.
A localidade surge entre Taubaté e Ubatuba, caminho muito usado por comerciantes na época colonial, em que vendiam mercadorias produzidas em São Paulo via porto de Parati-RJ, passando pelas encostas da Serra do Mar. O sítio onde está São Luís do Paraitinga era o local onde as pessoas costumavam parar, às margens do rio Paraitinga, que deu nome à cidade.
Visto a necessidade de colonizar a região ainda no século XVIII, "o Capitão-general da Província de São Paulo, D. Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, nomeou para Juiz das Demarcações das Sesmarias, o Sargento Manoel Antônio de Carvalho que, logo após a demarcação, em 1769, fundou um povoado." (IBGE-Cidades)
São Luís do Paratininga torna-se vila em 1773, e cidade por por lei provincial de 1857. Continuando como cidade até nos dias atuais.
A princípio a povoação desfrutou de significativo desenvolvimento, depois sofreu uma estagnação, produzindo basicamente cereais, posteriormente ali se desenvolveu a cultura do café e do algodão.
No início de 2010, a cidade virou notícia nacional devido a uma enchente sem precedentes que abalou a cidade. Vários prédios históricos foram ao chão, inclusive sua igreja matriz.
Dados:
População (2009) - 10.858;
PIB (2007) em milhões de reais - 84,33;
PIB (2007) per capita em reais - 8.034,90.
Segundo a Fundação SEADE o município se enquadrava em 2006 no nível 5 no índice de responsabilidade social paulista o que significa que: "Municípios mais desfavorecidos, tanto em riqueza com nos indicadores sociais".

Fontes:

Você pode se interessar por:

São Simão-SP. Região de Ribeirão Preto.

Matriz de São Simão
São Simão é um município paulista da região de Ribeirão Preto, juntamente com Franca e Casa Branca é um dos municípios mais antigos da macro-região.
O local onde se situa São Simão era rota de bandeirantes desde o século XVII, em 1722 havia no local um povoado chamado cercado feito pelos bandeirantes para protegê-los de ataque de índios, onde, segundo o site Ogawa Butoh Center, Bartolomeu Bueno da Silva fez uma parada neste local.
Uma história que pode ser encontrada no IBGE, e no site São Simão - vale da saúde diz que o sertanista mineiro Simão da Silva Teixeira saindo sozinho de uma bandeira em Casa Branca se perdeu em meio às matas da região e prometeu a seu santo protetor - São Simão - doar uma gleba de terra se conseguisse encontrar uma saída. Chegou à noite a uma casa simples onde habitavam negros foragidos, os quais o acolheu.
Simão da Silva Teixeira, voltou e reencontrou a bandeira, equipou-se de víveres e armas e retornou ao lugar onde foi socorrido. Para agradecer seu santo protetor fez uma imagem de madeira que foi exposta no lugar onde existiu a primeira capela.
Aspecto de uma rua do cento da cidade.
Ao fundo nota-se uma grande elevação.
São Simão chegou a ter 30 mil habitantes, vários município da região de Ribeirão Preto chegou a pertencer a essa cidade. Três epidemias de febre amarela e uma epidemia de varíola nos últimos anos do século XIX e nos primeiros anos do século XX, fez com que a cidade iniciasse uma fase de estagnação. Fator que contribuiu para a disperção de pessoas da cidade, visto que muitos moradores fugiram dessas epidemias e fundaram novos povoados que se tornariam cidade no futuro.
A cidade tem uma interessante história na participação da proclamação da república, segundo nossa fonte houve uma reunião de republicanos em São Simão semelhante a famosa convenção de Itu, acompanham os escritos:
"São Simão também se deixou empolgar pela idéia republicana e em 6 de Fevereiro de 1885 organizava aqui o Partido Republicano, em reunião presidida pelo grande republicano General Francisco Glicério, conforme consta na Ata de instalação do “Partido Republicano de São Simão”. Estava organizado o “Partido Republicano de São Simão”, com sede no Club Republicano, situado onde hoje esta a Prefeitura Municipal, à Rua Rodolfo Miranda, onde compareciam a miude, os propagandista da república fazendo conferencias." Fonte: São Simão-SP. Vale da saúde.
Prédio da antiga Estação Ferroviária.
Hoje serve de rodoviária.
Dados:
População (IBGE, 2009) - 14.329;
PIB (SEADE, milhões de reais, 2007 ) - 199,29;
PIB per capita (SEADE, em reais, 2007) - 14.460.
Segundo a Fundação SEADE São Simão está no nível 4 no Índice Paulista de Responsabilidade Social o que significa:
"Municípios que apresentam baixos níveis de riqueza e nível intermediário de longevidade e/ou escolaridade".




Igreja Santo Antônio.












Aspecto de um antigo prédio na região central da cidade.












Referências.
IBGE- Cidades.
Fundação SEADE.
São Simão-SP. Vale da saúde.
Ogawa Butoh Center.

Fotos:
Arquivo próprio de Alexandre de Freitas. Usem-nas a vontade, apenas citem a fonte.

07 janeiro 2010

As 10 maiores cidades da África

A África é um continente onde há grande taxa de crescimento demográfico, juntamente com a Ásia as estatísticas futuras apontam para uma maior ubanização nesses continentes em relação aos outros.
Dados de 2007, em milhões de habitantes.

Cairo. Egito - 11,9;
Lagos. Nigéria - 9,5;
kinshsa. Rep. Democrática do Congo - 7,8;
Luanda. Angola - 4,0;
Abdijam. Costa do Mafim - 3,8;
Joanesburg. África do Sul - 3,4;
Kano. Nigéria - 3,1;
Nairobi. Kênia - 3,0;
Ekurbuleni. África do Sul - 3,0;
10ª Ibadam. Nigéria - 2,6.

Fonte:
Urban Agglomeration

Leituras relacionadas.
As 10 maiores cidades do mundo em 2007.
As 10 maiores cidades do mundo em 2025.
As 10 maiores cidades do mundo em 1800.

As 10 maiores cidades da Ásia

A Ásia é o continente mais populoso, mais da metade da população do planteta concentra-se nesse continente que, por sua vez, possui as maiores cidades do mundo. Juntamente com a África, estatísticas futuras apontam para uma maior ubanização nesses continentes em relação aos outros.
Dados de 2007, em milhões de habitantes.
Tóquio. Japão - 35,7;
Nova Deli. Índia - 15,9;
Shangai. China - 15,0;
Calcutá. Índia - 14,5;
Dacca. Bangledesh - 13,5;
Karachi. Paquistão - 12,1;
Osaka-Kobe.Japão - 11,3;
Pequim. China - 11,1;
Jacarta. Indonésia - 9,1;
10ª Guangdon. China - 8,8;
Fonte:
Leituras relacionadas.

06 janeiro 2010

As 10 maiores cidades da Europa

A Europa é um dos continentes que apresenta as menores taxas de crescimento urbano. Ao que tudo indica, a população de suas cidades tende a se estabilizar. Berço da revolução industrial e lugar onde se iniciou a urbanização na história moderna o continente agora possui apenas duas cidades com mais de 10 milhões de habitantes.
Considera-se as regiões metropolitanas, em milhões de habitantes - 2007.
Moscou. Rússia - 10,5;
Stambul. Turquia - 10,1;
Paris. França - 9,9;
Londres. Reino Unido - 8,6;
Madri. Espanha - 5,6;
Barcelona. Espanha - 4,9;
Berlin. Alemanha - 4,4;
Roma. Itália - 3,3;
Milão. Itália - 2,9;
10ª Lisboa. Portugal - 2,8.
Nota: Rússia e Turquia são países euroasiáticos, sendo que Stambul possui extensões do seu sítio urbano na Ásia.
Fonte:
Leituras relacionadas.

As 10 maiores cidades do Continente Americano

Das 10 maiores cidades do Continente Americano o Brasil possui duas delas - São Paulo e Rio de Janeiro. Para Urban Agglomeration da ONU, considera-se a população das regiões metropolitanas.
Vamos à lista. Os dados são de 2007, em milhões de habitantes.
Nova Iorque. EUA - 19,04;
Cidade do México. México - 19,02;
São Paulo. Brasil - 18,8;
Buenos Aires. Argentina - 12,8;
Los Angeles. EUA - 12,5;
Rio de Janeiro. Brasil - 11,7;
Chicago. EUA - 9,0;
Lima. Peru - 8,0;
Bogotá. Colômbia - 7,8;
10ª Santiago. Chile - 5,7.
Fonte:
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03 janeiro 2010

São José do Rio Preto. Mercadão Municipal

Tradicional ponto de encontro nas manhãs de sábado e domingo. Seu tradional pastel faz despertar a paciência nas não raras filas e congestinamento para consegui-lo.
Completou 65 anos em 2009, uma arquitetura ogirinal. Além do famoso pastel há lojas de frios, açougues, várias bancas de frutas, legumes e hortiças, floricultura e muito mais.
Um lugar digno de ser visitado por aqueles que passam pela cidade.




Vista da frente do Mercadão, que fica na rua Antônio de Godoy.







Vista lateral do Mercadão, fica na rua Silva Jardim.






Aspectos do interior do Mercadão.







Detalhes do elaborado forro de madeira com maravilhos lustres.





Fotos: Alexandre de Freitas.
Sugestão de leitura.
São José do Rio Preto. Aspectos visuais da região central.
São José do Rio Preto. Dados sobre a cidade.
As 10 maiores cidades da região administrativa de São José do Rio Preto.

São José do Rio Preto. Aspectos visuais da região central

O centro de uma cidade é resultado de complexos fenômenos que evolvem uma dinâmica socioespacial nas suas dimensões econômicas e de fluxos materiais e imateriais. Popularmente falando o centro é aquele local onde se concentra a maior parte do comércio de uma cidade, onde a rede bancária é mais densa, local onde se oferece mais variedades de serviços produtos.
Porém numa análise mais apropriada, neste caso nos fundamentamos nos estudos de Flávio Villaça, o conceito de centro está relacionado com o tempo e a energia que as pessoas gastam para se chegar nesse determinado ponto da cidade. Nas palavras de Villaça:
"O centro surge então a partir da necessidade de afastamentos indesejados mas obrigatórios. Ele, como todas as 'localizações' da aglomeração, surge em função de uma disputa: a disputa pelo controle (não necessariamente minimização) do tempo e energia gastos nos deslocamentos humanos." [1]
A gênese de um centro está ligada ao raciocínio de que toda a aglomeração para gerar aproximação provoca um afastamento, ou seja, alguém será obrigado a se afastar de um lugar que apresenta boas condições de locomoção para podermos trabalhar, consumir ou usufruir de outros serviços.
Aqui gostaríamos de destacar que o centro de uma cidade não tem nada a ver com o centro geométrico, basta lembrarmos d cidades como Rio de Janeiro e Salvador onde o centro é periférico.
No caso de São José do Rio Rio Preto, centro regional com 420 mil habitantes, influenciando uma vasta região do noroeste paulista e polarizando algumas partes do triângulo mineiro e Mato Grosso do Sul o centro da cidade reflete a dinâmica comercial que ela possui.
O centro da cidade compreende a área entre as avenidas Bady Bassit e Alberto Andaló e as ruas Pedro Amaral e Independência. Clique aqui para visualizá-lo.


Vista áerea da catedral de São José do Rio Preto.
Essa catedral fica entre as praças Dom José Marcondes e praça Rui Barbosa, pode se dizer que essa região vista na foto é o "coração" da cidade, o marco zero se situa em frente a entrada dessa catedral.







Aspecto da rua Silva Jardim, ao fundo nota-se parte do Edifício Curti.









O prédio que se vê é um estacionamento vertical.

Tradicional por possuir propaganda no seu cimo, faz parte inconfundível da vista da região central.






Prédia da ACIRP - Associação Comercial e Industrial de São José do Rio Preto.







Antigo prédio numa das esquinas mais movimentadas do calçadão da cidade.


Fontes:
VILLAÇA, Flávio.Espaço intra-urbano no Brasil.2ed. São Paulo: Studio Nobel:FAPESP: Lincoln Institude, 2001. pp.237-243.
[1] VILLAÇA, Flávio. op. cit. p.239.
FREITAS, Alexandre de. São José do Rio Preto: surgimento urbanização e desenvolvimento. Monografia de Graduação. Faculdade Dom Bosco, 2002.
Crédito da foto aérea Scrapercity
Demais fotos de Alexandre de Freitas.
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