29 julho 2010

Pequenas cidades - Fernando Prestes-SP.

Igreja Matriz de Fernado Prestes. Foto: Alexandre de Freitas.
Fernando Prestes começou a surgir como povoado no final do século XIX, Leonel José Ferraz vindo de São Carlos se fixou em Aparecida de Monte Alto. Em 1891, começou a explorar madeira na margem esquerda do córrego Mendes e ali construíu a primeira casa de madeira da futura cidade. Devido a grande quantidade de madeira a localidade ficou conhecida como Matão do Leonel.
Em 1894, com a aquisição da Fazenda Mendes por Francisco Salles de Almeida Leite inicia-se a cultura cafeeira, colaborando para o desenvolvimento do povoado nos primeiros anos do século XX. O desenvolvimento da região atraíu os trilhos da Estrada de Ferro Araraquara para o local e em 1909 foi construída a primeira estação. A partir daí, o povoado Matão do Leonel, passou a se chamar Fernando Prestes em homenagem ao Coronel Fernando Prestes de Albuquerque. A estação funcionou até 1955, quando os trilhos foram retirados do centro da cidade.
Tornou-se distrito de Paz de Monte Alto em 1914 e se emancipou tranformando-se em município em 1935. Hoje possui um distrito, Agulha. Localiza-se na mesorregião de Ribeirão Preto e na microrregião de Jaboticabal.
Distância em quilômetros entre Fernando Prestes e:
São Paulo - 362;
Ribeirão Preto - 104;
São José do Rio Preto - 104;
Taquaritinga - 29;
Jaboticabal - 44;
Monte Alto - 26.
Dados:
População - 5.804 habitantes (2010);
PIB - 81,07 (em milhões de reais, 2007);
PIB per capita - 15.553,90 (2007).
Para a Fundação SEADE (2006) o município está no nível 4, que significa:
"Municípios que apresentam baixos níveis de riqueza e nível intermediário de longevidade e/ou escolaridade."
Vista da igreja matriz de Fernando Prestes. Foto: Alexandre de Freitas.

Aspecto de uma rua central de Fernando Prestes. Foto: Alexandre de Freitas.

Referências:

Pequenas cidades. Rio Preto-MG.

Igreja matriz de Rio Preto. Fonte: Prefeitura Municipal.
A história da localidade está ligada ao ciclo da mineração em Minas Gerais. Por aquela época, final do século XVIII e início do século XIX, a coroa proibia a abertura de novos caminhos para que o ouro fosse escoado por lugares conhecidos, onde pudesse ser cobrado os impostos.
Dessa forma é que surge Rio Preto, no único ponto onde era possível a passagem do ouro. O local passou a se chamar Registro de Rio Preto.
Nas primeiras décadas do século XIX a cafeicultura ganhou projeção na localidade, colaborando para que a o povoado fosse elevado à vila em 1844 e a cidade em 1871. O café também foi responsável pela chegada da estrada de ferro Central do Brasil em 1892. Com a decadência do café o crescimento econômico e urbano da região se estagnou. Mas, no início do século XX a pecuária começa a ganhar espaço, essa prática ainda se destaca os dias de hoje. O turismo também é relevante para a cidade, graças aos aspectos naturais e históricos do município.
Dados:
Localização. A cidade está ao pé da Serra da Mantiqueira entre as cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Dista 180 quilômetros do Rio de Janeiro, 355 de Belo Horizonte, 84 de Juíz de Fora e 450 de São Paulo.
População - 5.631 habitantes (2009);
PIB, agropecuária - 7.837 (em mil reais);
PIB, indústria - 2.214 (em mil reais);
PIB, serviços - 18.551 (em mil reais);
PIB, per capita - 5.500 (em reais).

Vista da cidade de Rio Preto. Foto - Flávia Machado. Fonte: Prefeitura Municipal.

Referências:

Prefeitura Municipal.

IBGE -Cidades

27 julho 2010

Coqueiral - bairro rural de Potirendaba. Região de São José do Rio Preto-SP.

Coqueiral - bairro rural de Potirendaba-SP.
Coqueiral é um bairro rural de Potirendaba, cidade da região de São José do Rio Preto-SP. O bairro está a aproximadamente 10 quilômetros de Potirendaba, cortado por rodovia vicinal que liga esta cidade à Mendonça. Numa curva aproximadamente 90º, (Clique aqui e veja a localização) surgem alguns estabelecimentos comerciais desativados e algumas casas, todos distribuídos dos dois lados da rodovia, não há mais ruas.
Sabe-se pouco sobre tal localidade. A maioria dos relatos são orais de antigos moradores. O que se ouve é que o bairro apresentou um certo desenvolvimento na década de 1920, movido pela cultura do café. Hoje ao que tudo indica, moram poucas pessoas no local.
Em decreto de Secretaria de Estado da Educação de 1989, uma escola de Coqueiral é agregada a Diretoria de Ensino de São José do Rio Preto. Atualmente no site da Secretaria de Educação não consta mais essa escola.
Aspecto de um salão comercial desativado no bairro Coqueiral. Vista de outro salão comercial desativado. Nota-se por aproximação arquitetônica que tais construções foram feitas nas primeiras décadas do século XX.
Vista geral de Coqueiral.
Fotos: Alexandre de Freitas (2008).
Nota: toda informação para resgatar a história de tal localidade é bem-vinda e poderão ser enviadas pelo e-mail a-freitas1972@hotmail.com. Faremos nota de agradecimento e manteremos o crédito.

26 julho 2010

Nova Itapirema - região de São José do Rio Preto.


Capela de Nova Itapirema. Foto: Alexandre de Freitas (2008).
 
Nova Itapirema é um distrito de Nova Aliança, cidade da região de São José do Rio Preto. No histórico do IBGE (1960) Nova Itapirema consta como distrito de Nova Aliança, segundo a lei orgânica do município.
A localidade era chamada de bairro da Lagoa e sua história está ligada à decadência de duas outras localidades: Itapyrema e Monte Belo. Ambos ex-distritos de São José do Rio Preto. As pessoas que moravam em Itapyrema procuravam fugir de uma epidemia de varíola que assolava o distrito, alguns optaram por Monte Belo, mas esta localidade também enfrentava uma epidemia de malária. Diante de tais fatores, as pessoas preferiram o bairro da Lagoa. A partir daí a localidade passa a se chamar Nova Itapirema.
Nova Itapirema está a 8 quilômetros da antiga Itapyrema (essa não existe mais) e a, aproximadamente, 12 quilômetros de Nova Aliança. Uma característica marcante do bairro são os doces caseiros vendidos na praça central. O sossego impera, só às vezes é quebrado por pessoas que passam por ali para ir às prainhas do rio Tietê para prática de esportes aquáticos, pescaria e lazer em geral.
Nova Itapirema, pode-se dizer, tornou-se um ponto de parada para essas pessoas, visto que a SP 355 (rodovia Maurício Goulart) corta o bairro. É servida pela circular da Pevê Tour que passa ali com regularidade, pois que a rodovia citada interliga São José do Rio Preto a outras cidades e consequentemente Nova Itapirema é passagem obrigatória.
 
Aspecto de uma rua de Nova Itapirema. Foto: Alexandre de Freitas (2008)
Vista do terminal rodoviário de Nova Itapirema. Foto: Alexandre de Freitas (2008).
Salão comercial desativado em Nova Itapirema. Foto: Alexandre de Freitas (2008).
Referêcias:
ABRUNHOSA, Abílio Cavalheiro e LAURITO, Paulo. Álbum Illustrado da Comarca de Rio Preto. Duprat Mayença: 1927-1929. p.236, 936-938.
ARANTES, Lelê. Dicionário Rio-Pretense, a história de Rio Preto de A a Z. 2 ed. São José do Rio Preto: Casa do Livro,2001. pp. 182-183.
Fantasma do abandono cerca velhos vilarejos da região. Diário da Região. São José do Rio Preto, 13 Ago. Suplemento especial.
Sugestão de leitura:

Monte Belo - localidade "esquecida" na região de São José do Rio Preto.

Túmulo no cemitério de Monte Belo. Foto: Alexandre de Freitas (2008).
“A cidade é um mundo que o homem constrói para si próprio. É um estranho fenômeno de imprevisíveis conseqüências [...] Wolf Schneider.
A formação de cidades na região de São José do Rio Preto-SP, foi promovida, principalmente, pela lógica da expansão da cafeicultura que trouxe para região os trilhos da Estrada de Ferro Araraquarense.
Uma das vias para o surgimento de cidades, é a evolução de bairro rural, para distrito policial, distrito de paz e por fim, muitos desses distritos através de um plebiscito local tornam-se municípios. Esse foi o processo que ocorreu com a própria cidade sede da região, São José do Rio Preto. Quando essa localidade tornou-se município, em 1894, passou a ter seus distritos de Paz.
Na Encyclopedia e Diccionario Internacional de 1905, constata-se a primeira referência aos distritos de Paz e aos distritos policiais de Rio Preto. Eram distritos de Paz: Tanabi, Ibirá, Avanhandava, Vila Adolpho, Itapirema e Itapura. Os distritos policiais eram os seguintes: Guanabara, Monte Belo, Piassava, São Domingos do Cerradinho, São Sebastião da Cachoeira, Serradão e Três Córregos (apud ARANTES, Lelé., 2006. p.39).
Muitas dessas localidades tornaram importantes cidades. Vila Adolpho, por exemplo, hoje é Catanduva. Cidade de aproximadamente 120 mil habitantes. Outras localidades sucumbiram e caíram no esquecimento. O distrito de Itapirema praticamente sumiu do mapa, há alguns túmulos em ruínas dentro de uma fazenda e mais nada. Monte Belo possui apenas algumas casas num quadrilátero, um bar, uma pequena capelinha e um salão de festas. É bairro rural de Nova Aliança e dista dessa aproximadamente 25 quilômetros.
Ascensão e decadência de Monte Belo.Em 1923, o distrito de Itapirema foi transferido para Monte Belo, nos primeiros anos da década de 1920 a localidade desfrutou de um relativo desenvolvimento. Em 1927, Monte Belo tinha escola com 37 alunos e consta na mesma obra consultada (ABRUNHOSA, Abílio Cavalheiro e LAURITO, Paulo. 1927-1229) que a localidade se destacava pelos bons solos e pela indústria pastoril.
Moradores locais têm a tradição oral de afirmar que Monte Belo era para ser Rio Preto. Relatam que ali já teve mercearias, borracharias, máquinas de beneficiar arroz; dentre outros estabelecimentos comerciais.
A decadência da região foi provocada pela malária. Dizem, e algumas fontes consultadas comprovam, que a epidemia foi tão intensa que as pessoas vendiam as propriedades a qualquer preço para sair dali.
O cemitério de Monte Belo comprova, em partes, o efêmero progresso que a localidade atingiu. Há várias sepulturas. Muitas delas requintadas e ornadas com mármores, que apesar do estado de ruínas comprovam a opulência da qual que o antigo distrito desfrutou.
Capela de Monte Belo com coreto ao lado. Foto: Alexandre de Freitas (2008) Ao fundo estabelecimento comercial em funcionamento. À direita, antigo prédio que abrigava um estabelecimento comercial, hoje desativado. Foto: Alexandre de Freitas (2008).
A imagem revela um antigo prédio comercial hoje transformado em moradia. Habitantes da região afirmam, veemente, que hávia vários desses estabelecimentos em Monte Belo. Muitos foram transformados em moradias, outros foram ao chão.

Referências:ABRUNHOSA, Abílio Cavalheiro e LAURITO, Paulo. Álbum Illustrado da Comarca de Rio Preto. Duprat Mayença: 1927-1929. p.236, 936-938.
ARANTES, Lelê. Dicionário Rio-Pretense, a história de Rio Preto de A a Z. 2 ed. São José do Rio Preto: Casa do Livro,2001. pp. 182-183.
Fantasma do abandono cerca velhos vilarejos da região. Diário da Região. São José do Rio Preto, 13 Ago. Suplemento especial.
ARANTES, Lelé. Quem faz história em São José do Rio Preto. São José do Rio Preto: THS, 2006.
Sugestões de leituras:
Romance "O Distrito".

25 julho 2010

Pequenas localidades - Aparecida de Monte Alto.

Vista do Santuário de Aparecida de Monte Alto.
Aparecida de Monte Alto é um distrito da cidade de Monte Alto-SP. O histórico do distrito antecede a formação do município de Monte Alto.
Foi o cumprimento de uma promessa em 1848, que deu origem à localidade. Quando o fazendeiro Flávio Antônio de Oliveria, proprietário da Fazenda Lagoa, doou parte de suas terras para construir uma capela. A primeira missa foi celebrada no dia 8 de dezembro de 1848, numa capela de pau-a-pique diante da imagem de 80 cm em estilo colonial da Nossa Senhora da Conceição, que ainda hoje está presente no santuário. Com a migração italiana no final do século XIX, a imagem passou a ser chamada de Virgem de Montesina.
O santuário se destaca no cenário do distrito - uma construção imponente. O atual prédio é reflexo de várias reformas e ampliações realizadas nos séculos XIX e XX. Atualmente nota-se que o santuário está em obra.
Em conversa com moradores locais tivemos a informação de que as missas em tal localidade são muito frequentadas. Todo dia 8 do mês de setembro ocorre uma grande festa que atraí multidões de várias cidades.
Aparecidade de Monte Alto dista 20 quilômetros do centro de Monte Alto, existem vans que fazem a linha entre as duas localidades, há escolas até o 5 ano (antiga 4ª série). Outros níveis de ensino devem ser cursados em Monte Alto ou em Fernando Prestes.
O distrito tem um localização geográfica interessante. Está a 6 quilômetros de Fernando Prestes mas, pertence a Monte Alto distante 20 quilômetros e com pedágio na rodovia de acesso. Segundo o IBGE, a localidade já perdeu por algumas vezes a condição de distrito. A atual condição foi dada à localidade no ano de 1985.
Vista interna do Santuário de Aparececida de Monte Alto.

Vista da rua Bento Manoel Siqueira, em frente ao Santuário de Aparecida de Monte Alto.


Referências:

Prefeitura Municipal de Monte Alto.

História de Aparecida de Monte Alto. PET- Aparecida de Monte Alto.

IBGE - Cidades.

Fotos: Alexandre de Freitas.

Nota de agradecimento: à Rui Siqueira, por ter nos informado o nome da rua de frente ao Santuário de Aparecida, é neto de Bento Manoel Siqueira, pessoa que deu nome a referida rua.

24 julho 2010

Lugares de São José do Rio Preto - Galeria Bady Bassitt.

Galeria Bady Bassit. Foto: Alexandre de Freitas.
Um prédio que se destaca na região central de São José do Rio Preto é a Galeria Bady Bassitt. Na esquina das ruas Bernardino de Campos e Marechal Deodoro foi inaugurado em 1957, alguns pontos comerciais estão ali desde a inauguração.
Muitas pessoas guardam referências sentimentais com a galeria. Ali estão alguns comércios tradicionais da cidade: Livraria Planalto, Foto Galeria e Salão Azul são os principais. Atualmente possui posto dos correios, café e vários escritórios de profissionais liberais; dentre eles, muitos escritórios de advocacia.
O prédio já abrigou a Boate Rio Preto no seu segundo andar, que embalou noites dançantes na década de 1980. Ali também já existiu a rádio Independência e a tradicional loja de instrumentos musicais, a Joia Musical, que foi fundada no mesmo ano da inauguração do prédio (1957) e esteve ali por 41 anos.
Seu interior, apesar de velho e com marcas do tempo, ainda ostenta características marcantes. O pé direito alto do térreo com uma escada entrelaçada e o busto de Bady Bassitt no centro. Loft João Bassitt, filho de Bady Bassitt, foi o construtor do prédio e o nomeou em homenagem a seu pai. Pai e filho foram médicos e prefeitos de São José do Rio Preto. Externamente a construção acompanha a curva da esquina, apresentando-se imponente num lugar muito movimentado do centro da cidade, próximo ao fórum e a agência central do Banco Bradesco.

Referências:
Jornal Bom Dia, 14 ago. 2007.
Site oficial da loja A Joia Musical

Cidades pré-colombianas na amazônia brasileira.

Geoglifos na amazônia. Imagem: Globo Amazônia.
Investigações sobre possíveis cidades pré-colombianas na amazônia brasileira nunca foram bem vistas por parte considerável dos acadêmicos. O assunto ficava, em grande parte, relegado à obras de escritores de ficção científica e esotéricos. Mas ultimamente cientistas estão examinando com mais detalhes essa possibilidade.
Já foram achados cerca de 300 geoglifos no Acre. Trinceiras de 15 metros de largura por 4 de profundidade existe uma tendência de encontrá-las em pequenas elevações. Elas têm formas retangulares e circulares, há possibilidade de terem existidos estradas que ligavam as populações da região.
O estudo envolve finlandeses e pesquisadores brasileiros das universidade federais do Pará e do Acre, o assunto já rendeu publicação em revistas científicas. Ao que tudo indica, havia uma grande densidade populacional na amazônia brasileira entre 2.000 anos e 700 anos atrás.
Os cientistas começaram a considerar a possibilidade de encontrar vestígios de cidades feitas por sociedades complexas antes da chegada dos colonizadores. O jornal Folha de São Paulo em seu caderno Ciência publicou matéria relacionada ao assunto no dia 10 de janeiro e no dia 24 de julho de 2010.
Sugestão de leitura:
Conheça a visão esotérica sobre o assunto lendo; Cidades perdidas da Amazônia - Manoa e São Vicente por: O Hierofante.

22 julho 2010

Cidades conurbadas no estado de São Paulo.

Rodovia Washington Luís em Mirassol. Essa rodovia se tornou uma avenida que liga São José do Rio Preto a Mirassol. Imagem: Skyscraprcity.
O fenômeno de conurbação acontece quando duas ou mais áreas urbanas de municípios se encontram formando uma única malha urbana. Processo muito evidente nos grandes centros, São Paulo e Rio de Janeiro possuem tantos municípios conurbados que uma pessoa desinformada acredita que toda a malha urbana consiste em uma única cidade.
A conurbação não é um fenômeno apenas das grandes capitais, atualmente várias cidades do interior vêm se conurbando ou estão em vias de conurbação.
Um dos exemplos mais nítidos é a região de Campinas. Campinas já é considerada uma metrópole, sua região metropolitana engloba 19 municípios. Muitos deles conurbados. Outras cidades estão se conurbando com essa região metropolitana, é o caso de Sorocaba, onde existe um projeto de lei para criar uma região metropolitana com 16 municípios.
A rodovia SP-79 que liga Campinas a Sorocaba possui ao seu redor vários municípios que estão se conurbando, como Indaiatuba e Salto.
Em outras localidades do estado existem cidades que já estão conurbadas. São elas:
  • São José dos Campos, Jacareí e Caçapava;
  • Taubaté, Pindamonhangaba e Tremembé;
  • Bauru e Pederneiras;
  • Pirassununga, Descalvado e Porto Ferreira;
  • São José do Rio Preto e Mirassol.
Notem que apenas São José dos Campos possui mais de 500 mil habitantes, ou seja; é considerada uma cidade grande. As demais são cidades de porte médio como São José do Rio Preto e Bauru com, respectivamente, 420 e 360 mil habitantes. São as duas maiores cidades conurbadas que aparecem na lista.
Referência:
Estado de São Paulo. Cidades C-4, 2 maio, 2010.

21 julho 2010

Ribeirão Preto e seu primeiro edifício - o Diederichsen.

Edifício Diederichsen, no centro de Ribeirão Preto.
O primeiro edifício de Ribeirão Preto também foi o primeiro do interior do estado de São Paulo, construído em 1936. O edifício já possuiu grande glamour na sociedade ribeirão-pretana. Gente da alta sociedade de Riberião e do Brasil já estiveram ali.
Localiza-se no centro da cidade bem próximo ao quarteirão paulista, onde estão o Teatro Pedro II e o famoso Pinguim.
No primeiro e no segundo andares existem 118 salas comerciais, no terceiro e no quarto andares existem 64 apartamentos, ao todo são 4.000 m². Todos os espaços de locação do prédio estão ocupados, a ponto de ter fila para alugá-los.
Tombado há cinco anos hoje o edifício carece de reformas. Há paredes rachadas, pintura e pisos desbotados.
Com seus 74 anos o Diederichsen guarda muitas histórias e referências pessoais. Antigos moradores e comerciantes criam vínculos entre eles e o lugar. O joalheiro Marcos Zeri Ferreira afirma que médicos, dentitas, advogados e outros profissionais de grande destaque frequentavam assiduamente o edifício. Havia um painel de assinaturas onde os políticos brasideiros que iam a Riberião Preto passavam pelo edifício e deixavam ali sua assinatura. O ex-presidente Juscelino Kubitschek já esteve no local. Referência:
Diederichsem é palco de muita história. Folha de São Paulo. Caderno Ribeirão C-8, 11 de jul. 2010.
Fotos: Alexandre de Freitas.

20 julho 2010

São José do Rio Preto e seu marco zero.

Marco Zero de São José do Rio Preto, Praça Dom José Marcondes.
O marco zero das cidades é o lugar onde elas começaram. No caso de São José do Rio Preto este marco encontra-se na praça Dom José Marcondes, em frente a Catedral da Sé, na rua Tiradentes Ali teria sido o lugar onde João Bernardino de Seixas Ribeiro, considerado o fundador da cidade, juntamente com um grupo de moradores locais teria fincado uma cruz de aroeira que definitivamente comprovava a fundação do arraial.
Nas proximidades também construiram a primeira capela, tendência religiosa muito comum no Brasil.
A discussão sobre a origem de São José do Rio Preto envolve a doação de dois patrimônios. O de Nossa Senhora do Carmo, entre o córrego Borá (hoje av. Bady Bassitt) e o córrego Piedade, englobando os atuais bairros da Boa Vista e Parque Industrial. E o patrimônio São José, que corresponde a área central da cidade, entre as avenidas Alberto Andaló e Bady Bassitt.
Não foi João Bernardino o doador dessas terras, mas teria sido o primeiro a construir uma casa na área central do patrimônio São José, atual centro da cidade na esquina das ruas Voluntários de São Paulo e Tiradentes, a poucos metros do marco zero. Para Agostinho Brandi: "Deve-se realçar que a expressão física de um núcleo urbano é o seu casario, cujo impulso inicial poderia até ser independente de uma doação formal." (p. 41).
Clique aqui e visualizar o local abaixo (marco zero) pelo google maps.

Referência:
BRANDI, Agostinho. São José do Rio Preto 1852-1894, roteiro histórico do distrito: contribuições para o conhecimento de suas raízes. São José do Rio Preto: Casa do Livro, 2002
Fotos: Alexandre de Freitas.

19 julho 2010

Lugares de São José do Rio Preto - Duas Vendas.

A localidade conhecida como Duas Vendas foi um lugar de muita referência na cidade de São José do Rio Preto, um loteamento da nas proximidades herdou tal nome.
Moradores antigos afirmam que ali existiam duas vendas que ficavam à beira da antiga estrada de terra de ligava São José do Rio Preto à Mirassolândia. Elas eram muito frequentandas visto que ficam em plena zona rural e serviam como ponto de parada desde épocas em que se usavam carroças e cavalos. Dizem, também, que ali se realizavam festas.
Hoje a localidade parece abandonada, ao lado há uma construção mais moderna que, ao que tudo indica, existem pessoas habitando ali, uma capelinha e muitas ruínas. A história de tal lugar não está sendo tratada com o devido esmero.
Hoje há bairros que as rodeiam por todo lado e o que antes ficava à beira de uma estrada rural está à beira de uma avenida muita movimentada, a avenida Domingos Falavina. Em plena zona urbana suscetível de expansão.
Do jeito que está, dentro de pouco tempo esse lugar de tanta referência para os mais antigos não existirá mais. Ficará apenas na memória, e aos poucos também poderá ser "apagada" quando os mais velhos se forem.
Ruínas de que outrora fora uma das Duas Vendas.

Capelinha das Duas Vendas.

Fotos: Alexandre de Freitas.
Mais informações sobre tal localidade serão bem-vindas. Se o caro leitor quiser contribuir com a história e a memória das Duas Vendas envie-nos mais conteúdo pelo e-mail altasvirtudes@hotmail.com. Será feito nota de agradecimento e serão mantidos os créditos dos textos e/ou imagens.

Pequenas localidades - Macaúba, bairro de Mirassolândia.

Igrejinha de Macaúba, bairro de Mirassolândia.
Macaúba é um bairro de Mirassolândia, cidade de 4.396 habitantes localizada a 25 quilômetros de São José do Rio Preto-SP.
Atualmente a localidade apresenta um considerável progresso. Existe circular com linha permante que vai a localidade duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde, as ruas são pavimentadas há escola de ensino fundamental I (até a 5º ano, antiga 4ª série), creche e posto de saúde.
Em conversa com morador antigo da localidade tivemos a informação de que ali há algum tempo havia poucas casas de alvenaria, a maioria das casas era de pau-a-pique. A igrejinha foi ampliada, muitas casas antigas foram derrubadas e outras foram construídas.
Tem-se acesso à Macaúba através de uma estrada vicinal em ótimas condição (recentemente asfaltada) de Mirassolândia até lá percorre-se 7 quilômetros.
Uma curiosidade é o antigo cemitério do bairro. Está desativado, mas permaneceu no centro da localidade. Novas casas surgiram e o rodearam, no terreno do campo santo há o velório mas ali não se realizam mais enterros, esses são feitos em Mirassolândia. A funcionária da prefeitura responsável pelo velório afirmou que os túmulos remanencentes permanecerão ali por pertencer aos moradores mais antigos da região. Havia outros túmulos e muitas pessoas estão enterradas nesse terreno, hoje não há vestígios nem de cruzes; afirma a responsável.


Aspecto de uma rua de Macaúba com estabelecimento comercial à direita.


Antigo cemitério da localidade, rodeado por casas.

Entrada do bairro Macúba.

Teminal rodoviário de Macaúba.


Referências:
Entrevistas em 15/07/2010.
Fotos: Alexandre de Freitas.
Sugestão de leitura:

Pequenas localidades - Talhado, município de São José do Rio Preto.

Coreto e capela em Talhado na praça central de Talhado.
Talhado é um povoado que pertence a São José do Rio Preto, está distante cerca de 15 quilômetros desta cidade, a ele se tem acesso pela rodovia Transbrasiliana, a BR 153 e pela vicinal Alcides Augusto Ávila. No site da prefeitura de São José do Rio Preto e no site do IBGE, a localidade ainda é tratada como distrito, mas o cartório de paz, que dá condições legais de tal estato político, foi desativado em 1972 [1].
O núcleo que deu origem ao antigo distrito existia desde 1903, a doação do terreno que se tornou o patrimônio de São Sebastião foi feita por Alcides Augusto Ávila, a capela foi construída por volta de 1927. Consta que o vereador Francisco Zeferino do Carmo proibiu o sepultamento no cemitério da região por falta de higiene. A localidade ainda foi atingida por febre palustre que provocou uma epidemia.
Talhado figurou pela primeira fez como distrito de Rio Preto em 1944. Em 1948 a localidade possuía 2.683 habitantes. Em 1972 perdeu a condição de distrito com a desativação do cartório de paz, voltando a ser um povoado.
Hoje a localidade está totalmente integrada por meio de transporte urbano a São José Rio Preto. As ruas são asfaltadas, possui sub-prefeitura, posto policial e escolas. Atualmente o cemitério de Talhado exerce um papel fundamental, matimortos e indigentes são enterrados ali por um período de 3 anos. Depois os restos mortais são transferidos para o ossuário do cemitério São João Batista em São José do Rio Preto.

No detalhe, sub-prefeitura ao lado do posto policial.

Vista de uma das ruas do quadrilátero central de Talhado.

Referências:
ARANTES, Lelê. Dicionário Rio-Pretense, a história de São José do Rio Preto de A a Z.2ed. São José do Rio Preto: Casa do Livro, 2001. pp. 243 e 244.
[1] ARANTES, Lelê. po.cit.
Entrevista com zeladores do cemitério, em 15 de julho de 2010.
Fotos: Alexandre de Freitas.

12 julho 2010

A maior cidade do Paquistão - Karachi.

Karachi - Paquistão
O local onde hoje se encontra Karachi foi ocupado desde a antiguidade, já foi porto importante para as tropas de Alexandre - o grande. A cidade atual foi fundada pelos ingleses em 1725, às margens do rio Layari, a noroeste da desembocadura do rio Indo. Seu porto construído entre 1869 e 1873, fez da cidade um importante entreposto para a planície do Indo. A cidade surgiu com função portuária e ferroviária graças a sua localização na foz do Indo e banhada pelo mar Arábico.
Tornou-se capital do Paquistão em 1947, mas em 1960 a capital do país passou a ser Rawalpindi, que foi capital somente até 1967, quando outra vez a capital foi transferida para Islamabad. Que mantêm o título de capital até hoje.
Karachi é a capital da província de Sindh, a cidade é considerada uma megacidade com 12,1 milhões de habitantes. Uma população formada por muitos migrantes e refugiados de várias nacionalidades deixando-a muito diversificada nos seus aspectos culturais.
É chamada localmente de cidade-luz. É a capital financeira do país, a maior bolsa de valores do Paquistão, abriga escritórios de grandes multinacionais. Possui um PIB per capita elevado para a região, em torno de 21 mil dólares.
Referências:
Geo-Ásia. Abril Cultural, vol. VI.
CDK - Official web portal of city district government Karachi. http://www.karachicity.gov.pk/

11 julho 2010

Ribeirão Preto - lugar às margens do rio Pardo.

Vista do bar-residência às margens do rio Pardo
O rio Pardo nasce em Minas Gerais na cidade de Ipuíuna, percorre 573 quilômetros e deságua no rio Grande em São Paulo. Corta várias cidades do estado de São Paulo: São José do Rio Pardo, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Barretos, etc.
No município de Ribeirão Preto existem muitos ranchos e casas de veraneio em suas margens. Há também alguns clubes que utilizam das margens do rio para suas atividades esportivas, como é o caso do Clube de Regatas.
Dentre os luxuosos imóveis há aqueles que atendem uma necessidade mais popular. É o caso de um pequeno "bar-moradia" às margens do rio Pardo. Poderíamos chamá-lo de um pequeno posto de abastecimento para pescadores, pessoas que fazem caminhadas e praticam trilha na região.
Encontra-se na margem esquerda do rio na continuação da av. Alfredo Ravanelli que parte da zona leste da cidade de Ribeirão Preto. Da rodovia Anhanguera até o local são aproximadamente 10 quilômetros, metade dos quais é chão de terra com paisagem rural dominada pela cana e por algumas chácaras de veraneio, dentre outras propriedades rurais.

Aspecto do rio Pardo, município de Ribeirão Preto

Local onde atracam canoas às margens do rio Pardo


Estrada de terra, continuação da avenida av. Alfredo Ravanelli, que termina na margem esquerda do rio Pardo
Referência:
Fotos: Alexandre de Freitas
Se o caro leitor quiser contribuir com mais informações para melhorar este post entre em contado com Alexandre pelo e-mail altasvirtudes@hotmail.com será feita nota de agradecimento e os créditos serão mantidos.

10 julho 2010

Lugares na região de Ribeirão Preto - Cruz do Pedro e Bar do Zé Goleiro.

Bar do Zé Goleiro
Na antiga estrada de Guatapará, que liga Ribeirão Preto a essa cidade, onde hoje se encontra a fazenda Boa Vista, existem dois lugares interessantes: A Cruz do Pedro e o Bar do Zé Goleiro.
A Cruz do Pedro.
Uma história muito triste ronda o lugar. Foi no ano de 1889, um garoto de 8 anos, Pedro, foi espancado até a morte por um carreiro, conhecido na localidade por ser muito mal. Após matar o garoto o carreiro o pendurou numa árvore para simular um suicídio. Quando a mãe do garoto encontra o corpo, faz um juramento: as mãos do assassino haveriam de secar. E foi o que aconteceu. Na próxima fase da lua as mãos do carreiro estavam totalmente secas.
Diz a história que a mãe de Pedro fincou uma cruz bem onde encontrou o corpo do seu filho. Nesse local começou uma peregrinação. Posteriormante foi construída uma capela com um local para atender os devotos. Ali pode se notar vários objetos deixados pelos fiéis, numa demonstração de fé e devoção.
O local é adaptado para festas que ocorrem todos nos dias 28 e 29 de junho com grande programação incluindo visitação a capela, leilão e música ao vivo.
A história até já ganhou um curta metragem, clique aqui e assista o trailer.
Bar do Zé Goleiro.
Distante 1 quilômetro da Cruz do Pedro econtramos na mesma estrada um armazém centenário - o Bar do Zé Goleiro. José Carlos Gonçalves, o Zé Goleiro, faleceu em janeiro de 2009 com 65 anos de idade. O comércio existe a mais de 100 anos e foi adquirido pelo sogro de Zé Goleiro em 1937. Na década de 80 Zé Goleiro assumiu o negócio que ficou famoso pelos torresmos e pela costelinha servidos ali.
A arquitetura do local é característica do final do século XIX. Grandes árvores proporcionam uma agradável sombra num ambiente rural que nos faz lembrar o passado. No interior do bar vê-se muitos objetos pendurados no teto e alguns movéis são antigos e de madeira.
Hoje quem toma conta do local é Maria José, filha do Zé Goleiro.
Localização.
Ambos os lugares estão no município de Guatapará. A eles se tem acesso por estradas de terra batida. Estão distantes 20 quilômetros de Ribeirão Preto. Pode-se chegar lá indo por Bonfim Paulista, numa estrada que nasce no loteamento Alphavile, ou pela estrada da mata da Santa Tereza. Clique aqui e veja a localização no google mapas.
Cruz do Pedro. Foi neste local, no século XIX, que a mãe do garoto fincou uma cruz onde foi encontrado o corpo de seu filho.
Interior do Bar do Zé Goleiro. No detalhe objetos pendurados no teto e a foto do Zé Goleiro.
Local onde devotos deixam objetos no interior da capela da Cruz do Pedro.

Vista geral da capela da Cruz do Pedro.

Referências:

Festa restata a história da Cruz do Pedro. RANGEl, Luciana. Jornal Tribuna - epecial, p. B-1, 28 e 29 jun. 2009.

Ribeirão Preto Online.

Fotos: Alexandre de Freitas.

04 julho 2010

Pequenas localidades - Jurucê.

Igrejinha de Jurucê
Jurucê é um distrito de Jardinópolis na região de Ribeirão Preto. A localidade já se chamou Sarandy, mesmo nome da da estação da Mogiana que foi inaugurada ali em 1894 e fechada em 1973. Criado pela lei lei no 1632, de 27 de dezembro de 1918, teve seu nome alterado para Jurucê em 1944. A estação também alterou o seu nome para Jurucê, acompanhando a mudança de nome do distrito.
A ocupação das terras onde hoje se encontra Jardinópolis, município sede do distrito de Jurucê, começou por volta de 1859. Por ali já existiam alguns lavradores. Tudo indica que o povoamento de Jurucê tenha acontecido antes de 1894, quando chega a estrada de ferro da Mogiana na localidade Sarandy. Roberto Elias em seu livro Jardinópolis 100 anos - viajando pela história relata que em 1894 "Chanico consegue a escritura definitiva da doação dos 48 alqueires. A estrada de ferro da Mogiana chegava a Sarandy" (p.14). A estação de Jardinópolis foi aberta cinco anos depois, em 1899.
Em 1942 é inaugarado no distrito o Grupo Escolar de Sarandy que teve como diretora a Sra. Rosinha Conceição Ferreira.
Na Wikipédia consta que o distrito possui 2.250 habitantes. Visualmente tudo indica que seja muito coerente essa quantidade de pessoas. No livro que já citamos acima, consta que em 1951, Jurucê tinha 500 habitantes.
Jurucê está a 17 Km de Ribeirão Preto e a 5 Km de Jardinópolis. Uma praça central muito movimentada com bares e lanchonetes, há muitos prédios antigos com arquitetura que remete-nos ao início do século XX.
Em Jurucê ocorre uma tradicional festa religiosa, a festa de São Pedro. Acontece no mês de junho e termina no dia 29 desse mês, dia de São Pedro, com uma grande procissão.
Abaixo, na sequência: aspecto da praça São Pedro, antiga estação da Mogiana, aspecto de um antigo prédio.





Referências:
ELIAS, Roberto. Jardinópolis 100 anos - viajando pela história. Jardinópolis: Gráfica Lima, 1998.
Fotos: Alexandre de Freitas.
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